InícioEditorialPolítica NacionalMinistro nega conivência do GSI com invasões do 8 de Janeiro

Ministro nega conivência do GSI com invasões do 8 de Janeiro

Durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, o General Marcos Amaro também falou sobre novas medidas adotadas para aumentar a segurança do Palácio do Planalto

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Ministro-chefe do GSI disse que não houve facilitação por parte da pasta durante a invasão

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Marcos Amaro, defendeu que não houve facilitação de integrantes do ministério para as invasões do Palácio do Planalto no dia 8 de Janeiro. “Em relação a essa possibilidade de conivência das Forças Armadas em relação a esses eventos e no questionamento de lealdade das Forças Armadas, eu digo que nós precisamos continuar trabalhando e olhando para frente. Se há ou houve alguma desconfiança em relação às polícias militares e às Forças Armadas, temos que continuar trabalhando como sempre. […] Se houve alguma desconfiança, ela vai se extinguir em muito pouco tempo”, disse Amaro. O requerimento de convocação do ministro foi apresentado pelo deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP). “O senhor poderia nos esclarecer se o que aconteceu no dia 8 de Janeiro não arda uma relação o general G.Dias, uma vez que era dele a responsabilidade de proteger o Palácio do Planalto, designar o o efetivo, estudar as vulnerabilidades e conhecer as dificuldades do terreno. Levando em consideração que o maior mérito da carreira do general G. Dias é ser o homem de confiança do Lula”, disse Bilynskyj.

O ministro foi convocado pelos parlamentares que fazem parte da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre imagens que mostram militares do GSI circulando entre invasores no dia 8 de Janeiro dentro do Palácio do Planalto. Um desses militares era o general Gonçalves Dias, que, após a divulgação das imagens, deixou o cargo de comando do GSI. “Sobre a possibilidade de conivência de Gonçalves Dias, também não vejo como sendo plausível. Ele estava na função somente há cinco ou seis dias e, naquele momento ele buscou gerenciar a crise da melhor maneira possível. Não vejo como razoável tratar ações do Gonçalves Dias como conivência em relação aos fatos”, disse Amaro, que confirmou que novas medidas foram tomadas para garantir a segurança do Planalto, como a blindagem dos vidros do térreo. Amaro disse ainda que a sindicância aberta pelo GSI para apurar a atuação dos servidores deve ser concluída no fim do mês.

*Com informações da repórter Iasmin Costa

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