O novo planejamento ambiental da Bahia foi lançado pelo Governo do Estado, nesta quinta-feira (1º). A proposta do programa Bahia + Verde é impulsionar a economia através da sustentabilidade e criar novos modelos de gestão e governança participativa, com avanços das políticas públicas ambientais. A iniciativa conta com apoio de braços da Organização das Nações Unidas (ONU).
São sete eixos de atuação com 25 projetos. Na prática, estão previstas ações de proteção e recuperação do patrimônio natural e ecoturismo, uso de tecnologia no combate ao desmatamento ilegal, e modernização de sistemas para ampliar o acesso a água encanada. Consta também a revisão de procedimentos de outorga de uso de água e a criação de áreas de proteção. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) assinou dois decretos de revisão de normas.
“São ações para a gente organizar a pauta de responsabilidade para que a gente possa, primeiro, regrar e regulamentar o uso, e depois, utilizar-se de recursos oriundo de multas e injetar em ações ambientais. Além disso, o programa vai permitir dar conta da nossa responsabilidade e fazer articulações com a iniciativa privadas e outras instâncias do governo nesse sentido”, afirmou.
O programa estabelece também consulta prévia aos povos indígenas, quilombolas e tradicionais, qualificação de pessoal e novos canais de comunicação com as comunidades ruais. Está previsto também a criação de projetos de energia limpa, como eólica e solar, e ampliação do uso de diesel e hidrogênio verde, a abertura de hubs de negócios regenerativos, redução da emissão de gases do efeito estufa e elaboração de planos específicos de enfretamento às mudanças climáticas.
O evento aconteceu no auditório da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), no CAB, e ficou lotado. O representante adjunto da ONU para Alimentação e Agricultura, Gustavo Chianca, apresentou alguns dados.
“Em todo o mundo a degradação da terra afeta quase 2 bilhões de hectares, onde vivem 1,5 bilhão de pessoas. Todos os anos 12 milhões de hectares de terra são degradados, o que representa cerca de 23 hectares por minuto. Entre agora e 2030, a restauração e a proteção de 350 milhões de hectares de ecossistema terrestres e aquáticos degradados poderá gerar U$ 9 trilhões em serviços ecossistêmicos, ou seja, restaurar traz dinheiro. Preservar é o nosso futuro”, afirmou.
O novo planejamento estabelece também a ampliação e eficácia de recursos financeiros nessas áreas com foco na economia global de sustentabilidade. Segundo as autoridades, as ações devem começar a partir deste mês de junho.