O fazendeiro que foi preso pela Polícia Federal em Santarém, oeste do Pará, após denúncia de que teria ameaçado dar um tiro na barriga do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conseguiu a liberdade provisória nesta sexta, 4. A Justiça entendeu que havia um risco pequeno em libertar o homem, mas restringiu a aproximação dele do centro urbano de Santarém em 37 km. Lula passará o final de semana no local antes de participar da Cúpula da Amazônia, em Belém, na próxima semana. Por conta de outras ameaças, a segurança do petista foi reforçada. Contudo, Lula disse em evento que não sente medo e que “cão que ladra, não morde”. O homem teria dito que daria um tiro na barriga de Lula enquanto realizava uma compra. De acordo com a PF, o suspeito teria perguntado aos presentes que sabia o hotel onde o presidente se hospedaria, quando fosse para Santarém, município onde foi efetuada a prisão.
O investigado deve responder pelos crimes de ameaça e incitação ou preparo de atentado contra pessoa por motivos políticos. De acordo com a corporação, um inquérito foi instaurado após uma testemunha realizar uma denúncia após o ocorrido. Ainda segundo a PF, o homem confessou que teria participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção, localizado em Santarém, durante 60 dias. Ele também afirmou que financiou a manifestação com R$ 1.000 todos os dias. A PF informou que durante as diligências os investigadores encontraram um comprovante de compra e venda de um imóvel. O valor é de R$ 2,5 milhões. O homem disse aos investigadores que é fazendeiro e que já trabalhou como garimpeiro.