A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deve depor à Polícia Federal nesta segunda-feira, 7, às 14h, em São Paulo, após ser acusada de contratar o hacker Walter Delgatti Neto para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e outros 11 alvarás de soltura falsos nos sistemas do Poder Judiciário. Em nota, o advogado Daniel Leon Bialski, que representa Zambelli, afirmou que a deputada pode ficar em silêncio durante a oitiva. Segundo ele, embora a parlamentar queira ser ouvida “justamente por não ter cometido ou participado de qualquer ilicitude”, por orientação da defesa técnica ela não responderá perguntas “até que sejam fornecidas cópias de todo o inquérito e das cautelares”. Até a última sexta-feira, 4, o advogado alegava não ter acesso ao inquérito. Como o site da Jovem Pan mostrou, a parlamentar foi alvo de mandados de busca e apreensão na última quarta-feira, 2, com seu gabinete na Câmara dos Deputados sendo um dos endereços vasculhados por agentes. A operação também prendeu o Walter Delgatti Neto, que já tinha duas passagens pela cadeia por vazar mensagens de integrantes da operação Lava Jato, episódio conhecido como “Vaza Jato”. O hacker já afirmou em depoimento anterior que a parlamentar queria contratá-lo para tentativa de invasão de urnas eletrônicas e de grampear Moraes.