Lula foi dormir furioso com a demora de Israel em liberar a saída dos 34 brasileiros retidos na Faixa de Gaza. Deve ter acordado hoje ainda mais furioso com a notícia de que a saída deles ainda não foi desta vez. Ficarão por lá não se sabe até quando.
Na sexta leva de permissões de retirada, segundo o embaixador brasileiro na Cisjordânia, Alessandro Candeas, foram favorecidos a Ucrânia (228 pessoas), Filipinas (107), Estados Unidos (100), Alemanha (75), Romênia (51) e Canadá (40).
Ao todo, contando o anúncio desta quarta-feira (8/11), cerca de 4.100 pessoas já cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza rumo ao Egito, e de lá aos seus países, mas não os brasileiros que acalentavam a esperança de fazer isso hoje.
A ordem no governo brasileiro é não reclamar da demora publicamente. O governo de Israel não gostou do empenho do Brasil, que na presidência temporária do Conselho de Segurança da ONU batalhou pela suspensão da guerra. Então…
Então tem limite para tudo. A Bolívia rompeu relações com Israel em protesto contra a ofensiva em Gaza. Colômbia e Chile convocaram seus embaixadores em Tel Aviv para consultas. O Brasil poderá fazer qualquer uma dessas coisas, ou nada.
Uma coisa é certa: Lula disse a auxiliares que o Brasil irá se posicionar, nos fóruns internacionais, frontalmente contrário à permanência de Israel no território da Faixa de Gaza após o final da guerra, segundo informa o jornalista Tales Faria.