Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, cogitou a hipótese de colocar primeiro em discussão aquilo que já é consenso entre a oposição e a ala governista
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fachada do palácio do Congresso Nacional, localizado em Brasília, com a Câmara dos Deputados à direita e o Senado Federal à esquerda
Um dia após o texto da reforma tributária ser aprovado no Senado Federal, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi ao Congresso Nacional, nesta quinta-feira, 9, para agradecer os parlamentares e conversar com o senador Rodrigo Pacheco (PSD). Já de olho nas articulações para a nova votação na Câmara dos Deputados, Padilha chegou a cogitar um fatiamento da matéria, para colocar primeiro em discussão aquilo que já é consenso entre a oposição e a ala governista: “Essa é uma hipótese que sempre existiu e já foi feita em outros momentos. Nesse momento a gente estava muito dedicado a concluir a votação da reforma tributária no Senado, foi um marco histórico no dia de ontem ter a votação que nós tivemos. O líder da maioria Aguinaldo Ribeiro e relator da reforma tributária na Câmara acompanhou toda a tramitação no Senado e certamente vai fazer uma análise mais detalhada daquilo que foi aprovado no Senado ontem e agora vamos discutir a tramitação aqui na Câmara”.
“Um passo fundamental foi dado para garantir maioria constitucional tanto na Câmara, quanto no Senado, para a aprovação da reforma tributária”, afirmou Padilha. O ministro ainda reforçou a intenção de concluir a tramitação ainda neste ano. No início da semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), declarou que não vai impedir nenhuma discussão sobre a matéria e nem dificultar o ritmo da análise da reforma. “Vamos aguardar que o texto chegue à Câmara, para que a Câmara possa fazer essa avaliação do que foi aprovado no Senado e a partir daí possamos, sob a presidência do deputado Arthur Lira, em acordo com as lideranças partidárias na Câmara, estabelecer um calendário para que tenhamos ainda neste ano a aprovação da Emenda Constitucional na Câmara e, por conseguinte, sua aprovação ainda em 2023”, afirmou o relator da matéria, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP).
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro