Duas semanas antes de ser preso, em março deste ano, o youtuber bolsonarista Bismark Fugazza enviou um e-mail ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, buscando informações sobre seu inquérito. Àquela altura, Moraes já havia assinado o mandado de prisão.
Fugazza ficou preso de 17 de março a 15 de junho, suspeito de ter cometido os crimes de ameaça, perseguição, incitação ao crime, associação criminosa e abolição violenta do Estado. A ordem de prisão, decretada por Moraes em dezembro do ano passado, foi solicitada pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República.
Em 2 de março, Fugazza recorreu a uma advogada e enviou um e-mail para o ministro e a Polícia Federal. Era uma tentativa de saber qual era sua situação jurídica. A imprensa havia noticiado sobre o mandado de prisão assinado por Moraes, mas a defesa não possuía o documento, e ele ainda tinha receio de ser detido.
As mensagens não foram respondidas e, no dia 17, Fugazza foi preso no Paraguai. Hoje, o youtuber usa tornozeleira e tem as redes sociais bloqueadas. O processo segue tramitando no Supremo.
Procurado, Fugazza afirmou: “Enviei o e-mail para descobrir se realmente havia algo contra mim. Não me arrependo do que fiz, não fiz nada de errado”.