A Marinha do Brasil realizou na segunda-feira, 18, dois resgates no navio mercante MSC Grandiosa, sendo um tripulante e outro membro da embarcação. O navio, que saiu de Vitória (ES), precisou alterar sua rota e retirou Maceió (AL) do seu itinerário. A cidade era uma das paradas para desembarque dos tripulantes. Um filipino passou mal e foi diagnostico com insuficiência cardíaca, com suspeita de acidente cerebral hemorrágico. Após seu regaste, um cruzeirista também precisou passar por atendimento médico e foi levado em uma lancha até Vitória. O advogado Marcelo Escobar, que está no MSC Grandiosa com a família, afirmou que membros do cruzeiro estão em esforço para amenizar possíveis desconfortos aos passageiros presentes: “Muitas pessoas falam em processar a companhia […] mas não é um capricho deles de não ir pra cá ou pra lá, muito pelo contrário. Nós conversamos aqui com o diretor responsável pelos tripulantes, ele está sem dormir há dois dias tentando organizar”. De acordo com o tripulante, pessoas estão indignadas com a mudança de rota, o que ele considera como “egoísmo”.
No navio, o capitão do cruzeiro tem autonomia para mudar a rota quando considerar a questão relevante. Neste caso, a rota foi mudada por questões de saúde, mas o mesmo pode ocorrer em situações de fenômenos naturais, por exemplo. Marcelo conta que já fez mais de 40 cruzeiros e, por isso, já passou por situações similares. De acordo com ele, passageiros já foram ressarcidos em créditos pela companhia. “É algo realmente de força maior. No meu ponto de vista, se fosse com minha família, eu gostaria que o capitão tomasse a decisão de mudar a rota para tentar salvar uma vida. Eles deram crédito para todo mundo e está no contrato que a autoridade é o capitão. Estão sendo super atenciosos e se desdobrando para atender a todos”, disse. O navio precisou voltar para Vitória duas vezes e, com isso, o capitão decidiu por seguir apenas para Salvador, excluindo Maceió do roteiro de desembarque. O destino final será no porto de Santos, no dia 23 de dezembro.