Foto: Divulgação
12 de março de 2024 | 08:28
Em depoimento à Polícia Federal (PF), nessa segunda-feira (11), o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, envolveu o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, na tentativa de golpe de Estado. A informação é da coluna de Bela Megale, do jornal O Globo.
O brigadeiro afirmou que Torres seria quem dava embasamento jurídico para que o ex-presidente Jair Bolsonaro decretasse um estado de defesa ou de sítio.
O depoimento do militar demorou cerca de dez horas e aconteceu antes da oitiva do ex-comandante do Exército Freire Gomes, que falou aos investigadores no início do mês. As informações que ambos deram como testemunhas no inquérito do plano golpista foram levadas ao ex-ajudante da Presidência e hoje delator, Mauro Cid.
O ex-comandante também confirmou a participação na reunião em que Bolsonaro debateu uma minuta golpista com chefes das Forças Armadas, mas disse que se colocou contra a medida. Além disso, Baptista Júnior teria sido categórico ao afirmar para os delegados que não houve fraude nas eleições e destacou que sua base são as conclusões do relatório militar sobre as urnas na comissão de transparência da Justiça Eleitoral, o que também teria reforçado para Bolsonaro.
Para a PF, o depoimento do brigadeiro aponta que, mesmo após ter informações seguras sobre a lisura das urnas, o ex-presidente insistiu na tese da fraude para justificar o plano de golpe.
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