Enquanto o cantor Jão roda o Brasil com a sua “Super Turnê”, cujo conceito é reunir os quatro elementos: ar, água, terra e fogo, a coluna Fábia Oliveira descobriu que ele agora pode viver com um quinto: a paz. Isso porque a sua batalha judicial com Claudio Bernatat, finalmente, chegou ao fim.
A paz, no entanto, se dá porque a batalha se estendeu por um longo tempo e, enfim, terminou. Mas o artista acabou se dando mal nessa briga.
Para quem não lembra, Jão foi processado após ser acusado de destruir um automóvel Opala, que foi alugado para ser usado em um de seus videoclipes.
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Jão Reprodução/Instagram
Jão
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Capa do novo disco Pirata, de Jão
Jão Divulgação
Cenas do clipe de Não Te Amo, do Jão
O cantor Jão revelou não gostar de ver as matérias em vídeo sobre ele Reprodução/Instagram
Jão anuncia música inédita coringa
Jão Reprodução
Após meses e mais meses de ação, o juiz do caso proferiu sua decisão tendo por base o laudo pericial feito no veículo. Ele se atentou para o fato de que, segundo o expert, o carro era antigo, mas não “de coleção”. Por isso, sua restauração deveria ser compatível com o estado do mesmo, restando a condenação fixada no valor dado pelo profissional de R$ 22.200.
O magistrado ainda disse que ao questionar o laudo, Claudio Bernatat, autor da ação, foi infeliz. Isso porque ele não apresentou qualquer elemento capaz de desqualificar ou fazer cair por terra o trabalho feito pelo perito. Muito pelo contrário, o expert no assunto ainda foi exaltado, sendo referido como alguém “revestido de fé pública e de confiança do juízo, o qual empregou os critérios técnicos exigidos na execução de seu trabalho”.
Além disso, o “rival” de Jão também não teve seus pedidos de danos morais acolhidos. Tudo que ocorreu, segundo o juiz, foi um descumprimento contratual, sem a comprovação de qualquer abalo ou dano moral. A ação acabou sendo julgada procedente em parte, já que nem todos os pedidos de Claudio Bernatat foram aceitos.
Vale lembrar que Jão terá que pagar o valor já citado, mas o próprio cantor já havia concordado com o laudo pericial.
Talvez, no final das contas, quem tenha ficado “louquinho”, seja o próprio autor, que após apresentar tantos laudos e tentar impugnar a perícia, terá que se satisfazer com um valor bem inferior ao pretendido.
Relembre o caso envolvendo Jão O cantor Jão está sendo processado pelo dono de um automóvel Opala, que foi alugado para ser usado em um de seus videoclipes. O motivo é que o artista recebeu o veículo em perfeitas condições, assumindo a responsabilidade de devolvê-lo da mesma maneira em que foi entregue. No entanto, segundo a ação, não foi o que aconteceu. Jão teria destruído o carro, chegando a subir no teto do mesmo.
Após a situação, Cláudio, dono do Opala, registrou um boletim de ocorrência, relatando os fatos, que aconteceram em outubro de 2021. Segundo consta no processo, uma série de conversas por meio de um aplicativo de mensagens foram iniciada pelas partes envolvidas mas, sem sucesso na resolução dos reparos do veículo, o dono resolveu recorrer à Justiça.
Os valores apresentados para a recuperação do carro variavam entre R$85.200,00 e R$66.256,00. Isso porque, segundo Cláudio, trata-se de um automóvel antigo, cuja restauração deve ser feita por um pessoal especializado, em oficinas especiais destinadas a este tipo de veículo.
O dono do carro disse ainda que se sentiu ofendido em sua moral, sendo atacado e desmoralizado, além dos inúmeros prejuízos financeiros que teve. Ainda segundo ele, os danos no Opala foram causados na frente de sua filha, que estaria assistindo à gravação do videoclipe de Jão. Na ocasião, a menina teria chorado e gritado desesperadamente para que o cantor deixasse de destruir o automóvel que lhe era querido.
Em virtude disso, Cláudio pediu, então, uma reparação dos danos materiais e morais no montante de R$ 30 mil. Deu-se à causa, portanto, somando aos R$ 66.256,00, um valor total de R$ 96.256,00.