InícioEditorialPolítica NacionalAssociação defende revogar medida que afastou juíza da Lava Jato

Associação defende revogar medida que afastou juíza da Lava Jato

Associação dos Juízes Federais do Brasil diz que recebeu com surpresa a decisão, que, segundo a entidade, só poderia ser tomada pelo plenário do CNJ

A juíza Gabriela Hardt foi substituta de Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, a principal da Lava Jato Divulgação

PODER360 15.abr.2024 (segunda-feira) – 19h16

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) defendeu nesta 2ª feira (15.abr.2024) a revogação da decisão do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, que afastou das funções a juíza federal Gabriela Hardt, sucessora do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no comando da operação Lava Jato, e de mais um juiz e 2 desembargadores.

Em nota à imprensa, a Ajufe diz que recebeu a decisão com surpresa. Para a associação, a medida só poderia ser tomada pelo plenário do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

“O órgão com a competência natural para deliberar por tal afastamento é o plenário do Conselho Nacional de Justiça, tanto que [está] pautada a matéria para julgamento na sessão de amanhã, dia 16/04/2024, revelando-se inadequado o afastamento por decisão monocrática e na véspera de tal julgamento”, afirma a associação.

Além disso, a Ajufe também defende a atuação dos magistrados. “Os magistrados e magistrada afastados pela decisão monocrática acima referida possuem conduta ilibada e décadas de bons serviços prestados à magistratura nacional, sem qualquer mácula nos seus currículos, sendo absolutamente desarrazoados os seus afastamentos das funções jurisdicionais”, diz.

Para afastar a juíza, Luis Felipe Salomão afirmou que a Gabriela Hardt cometeu irregularidades em decisões que autorizaram o repasse de cerca de R$ 2 bilhões oriundos de acordos firmados com os investigados da Lava Jato, de 2015 a 2019, para um fundo que seria gerido pela força-tarefa da operação. Os repasses foram suspensos em 2019 pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A decisão também indica que a juíza pode ter discutido os termos do acordo “fora dos autos” e por meio de aplicativo de mensagens WhatsApp.

A assessoria de imprensa da Justiça Federal em Curitiba informou que a juíza não vai se manifestar sobre o afastamento.

A liminar que autorizou o afastamento dos magistrados será julgada na 3ª feira (16.abr) pelo plenário do CNJ.

Com informações da Agência Brasil.

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