InícioEditorialPolítica NacionalJustiça manda plataformas derrubarem posts de Boulos contra Nunes por fake news

Justiça manda plataformas derrubarem posts de Boulos contra Nunes por fake news

Retirada deve acontecer em até 48 horas, segundo decisão da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo; em caso de desobediência, multa é de R$ 1 mil por dia

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados – 12/04/2023

Em uma das publicações feitas por Boulos, consta a informação de que a inelegibilidade de Nunes pode ser determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

O Diretório Municipal do MDB de São Paulo ajuizou nova ação contra o pré-candidato a prefeito pelo PSOL, deputado federal Guilherme Boulos, por fake news. O partido de Ricardo Nunes pediu à Justiça Eleitoral a remoção de postagens em plataformas on-line que insinuam que o prefeito de São Paulo não aplicou o orçamento da Educação de forma legal, podendo, assim, ficar inelegível. Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbe a utilização de notícias falsas ou descontextualizadas com o objetivo de influir nas eleições, seja na pré-campanha ou na campanha.

Segundo o advogado Ricardo Vita Porto, que representa o MDB, Nunes não é réu em nenhuma ação envolvendo o tema e não teve nenhuma de suas contas rejeitadas pelos órgãos fiscalizadores: “É absolutamente mentirosa a afirmação de que o prefeito de São Paulo poderia ficar inelegível”, complementa. O juiz da 2ª Zona Eleitoral deferiu o pedido liminar na tarde dessa terça-feira (14/5). Ao mesmo tempo, notificou a Meta, responsável pelas plataformas Instagram e Facebook, para providenciar a remoção das publicações inerentes ao tema no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.

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“Pedalada”

Durante uma live, na última quinta-feira (9), em seu canal no YouTube e em suas redes sociais, Boulos acusou Nunes de promover “pedalada” na Educação, baseando sua fala em números incoerentes, o que pode confundir o eleitor quanto à aplicação do orçamento da pasta. Enrico Misasi, presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo, classifica as denúncias como “irresponsáveis” e lembra que, foi no governo de Marta Suplicy (PT), quando prefeita, que os recursos da Educação passaram de 30% para 25%: Misasi ainda observa que, o termo “pedalada”, usado por Boulos no decorrer da live, cabe mais à Dilma Housseff (PT), aliada do psolista: “Convenhamos: quem tem experiência em ‘pedalada’ é Dilma, aliada de Boulos. Numa única tacada, Boulos conseguiu relembrar que Marta diminuiu a verba da Educação, que Dilma deu ‘pedalada’, e avisar todo o mundo que não entende nada de gestão, nem de conta”.

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