Pedro Gonçalves, o Pepê, e Ana Sátila Vargas se classificaram para a fase eliminatória de oitavas de final do caiaque cross. A modalidade é uma das novidades no programa olímpico da canoagem slalom nos Jogos de Paris.
Neste sábado (3) foi disputada a primeira rodada do torneio. Os competidores foram divididos em chaves com três atletas cada. Os dois com os melhores tempos avançavam às oitavas de final. O último colocado disputaria a repescagem ainda hoje.
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Participando da segunda bateria na competição masculina, Pepê terminou em segundo lugar. Ele avançou direto às oitavas, apesar de ter cometido uma falta no momento da largada.
“Eu me coloquei numa bateria mais tranquila, com três atletas em vez de quatro. Eu desci ao meu máximo, e me preparei bem com aquecimento e todas as outras coisas para conseguir fazer uma boa prova, ” disse, em declaração à Confederação Brasileira de Canoagem (CBCA).
Já Ana Sátila teve mais dificuldades. Na primeira corrida do dia, ela terminou na terceira posição, e foi para a repescagem. Depois, Ana voltou à corredeira para buscar a vaga na fase eliminatória e terminou como a mais rápida de sua bateria, garantindo lugar nas oitavas.
“Amanhã eu volto para o jogo e agora é descansar muito. Foi um dia muito longo e eu confesso que eu não gosto muito do Cross. Para mim, é muito difícil mentalmente, mas eu vou fazer o meu máximo hoje e amanhã para chegar muito bem com toda a energia do mundo e dar o meu melhor nessa competição, ” afirmou Ana, também em entrevista à CBCA.
O caiaque cross continua neste domingo (4), já com a fase eliminatória. Os homens começam as descidas às 10h30, no horário de Brasília. Serão oito baterias com quatro atletas cada e os dois melhores avançam às quartas de final. Pepê vai participar da terceira bateria. O sistema é o mesmo para a disputa feminina, que terá início às 11h45. Ana Sátila estará na sétima bateria.
A atleta mineira tenta a primeira medalha olímpica na canoagem slalom. O cross é a terceira prova em que Ana compete nos Jogos de Paris. Ela terminou na quarta posição no caiaque e em quinto lugar na canoa individual feminina.
“Quero cair para dentro e conseguir um bom resultado para o meu país, e para o futuro melhorar ainda mais nessa categoria que é nova e muito diferente. Eu costumo dizer que é praticamente outro esporte, porque tudo muda. O objetivo é se adaptar bem a essa modalidade que vai continuar nos Jogos, e que a gente tem muita chance de brigar por medalha”, completou a canoísta.
Pepê Gonçalves tenta melhorar os resultados nesta Olimpíada. Ele não conseguiu avançar à final nem do caiaque, nem da canoa individual masculina.
Versão “radical” da canoagem slalom
Esta é a primeira vez que o caiaque cross é disputado em Jogos Olímpicos. Na prova, os atletas largam juntos na corredeira. Eles devem passar pelas portas verdes, obedecendo ao sentido da correnteza, e pelas vermelhas, no sentido contrário à correnteza. Em um trecho específico do circuito, os competidores devem realizar o caiaque roll, uma rotação de 360º. Assim como em uma corrida, vence quem chegar primeiro. Ao contrário da canoagem slalom tradicional, durante a prova do cross é permitido tocar nas portas, desde que o atleta passe por todas elas. Caso não passe, ele é desclassificado.