O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) vai comprar R$ 6,2 milhões em câmeras filmadoras de alta resolução para reforçar as atividades de inteligência contra o crime organizado. Os equipamentos serão enviados para 22 órgãos de segurança de 16 estados e para os Centros Integrados de Inteligência de Segurança Pública (CIISPs), ligados ao MJSP, nas cinco regiões do país.
No total, serão adquiridas 1.039 câmeras filmadoras cujo modelo de referência é o HC-V785 da Panasonic. Cada equipamento foi orçado em R$ 6 mil e a compra está sendo conduzida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Segundo o edital de licitação, as câmeras serão usadas “no combate à corrupção, à oferta de drogas ilícitas, ao crime organizado e à lavagem de dinheiro, com a implementação de ações de prevenção e repressão dos delitos dessas naturezas”. Os equipamentos também serão úteis no “enfrentamento de delitos transfronteiriços e transnacionais, inclusive com a ampliação do controle e da fiscalização nas fronteiras, nos portos e nos aeroportos”.
Entre as exigências, a Senasp estabeleceu que as câmeras devem ter tela de 3 polegadas no mínimo, giratória e sensível ao toque, suporte para gravação de vídeos em câmera lenta, estabilizador ótico, foco automático e manual, zoom ótico de 15 vezes e zoom digital de 45 vezes e gravação full-HD e HDR com 10 megapixel de resolução.
Uma câmera será destinada à Coordenação de Inteligência da Senasp e cinco aos CIISPs, localizados em Curitiba (PR), São Paulo (SP), Fortaleza (CE), Campo Grande (MS) e Manaus (AM). As demais serão distribuídas para os estados do Acre (50), Amazonas (20), Amapá (40), Ceará (30), Goiás (10), Minas Gerais (68), Mato Grosso (6), Pará (200), Pernambuco (194), Paraná (25), Rio de Janeiro (6), Rondônia (149), Roraima (125), Rio Grande do Sul (15), Sergipe (55) e Tocantins (40).
“A aquisição de câmeras filmadoras irá auxiliar aos estados das regiões englobada pelos CIISPRs no suporte às operações de inteligência”, diz o estudo técnico da licitação. A compra, segundo o documento, é justificada pela “necessidade da atividade de inteligência no que tange ao acesso a dados negados; ao fortalecimento das agências de inteligência que compõem o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública – SISP, para o combate da criminalidade organizada”.