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Damares protocola mais uma PEC mirando ministros do STF

A senadora bolsonarista Damares Alves (Republicanos-DF) aproveitou a onda “anti-STF” do Congresso Nacional nesta semana e protocolou mais uma PEC que tem ministros da Corte como alvo.

Na quarta-feira (9/10), Damares apresentou uma PEC para criar regras sobre reclamações disciplinares contra ministros do Supremo que hoje não se enquadram nos crimes de responsabilidade julgados pelo Senado.

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O palácio do Supremo Tribunal Federal

CCJ da Câmara aprova
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A senadora Damares Alves

Geraldo Magela/Agência Senado

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O palácio do Supremo Tribunal Federal

Igo Estrela/Metrópoles @igoestrela

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CCJ da Câmara aprova “pacotão” de medidas contra o STF

IGO ESTRELA /METRÓPOLES @igoestrela

Na proposta, Damares diz que os ministros do STF estariam “imunes a qualquer tipo de controle” e propõe que a própria Corte receba as reclamações, que teriam de ser julgadas pela maioria absoluta do plenário do Supremo.

“Num Estado Democrático de Direito, não há e nem pode haver poderes absolutos ou imunes ao controle. Especificamente no caso brasileiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus ministros, não obstante a honradez do cargo e o respeito que obviamente merecem, restam, na prática, imunes a qualquer tipo de controle”, justifica a senadora na PEC.

Na prática, a PEC permite que reclamações contra ministros do STF sejam apresentadas por qualquer cidadão. Já a relação de vedações, deveres e punições aos magistrados seria regida pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

“De acordo com o modelo que ora estamos propondo, caberá ao próprio STF, por maioria absoluta, processar e julgar as reclamações disciplinares apresentadas contra seus Ministros, por ações ou omissões que não se enquadrem como crimes de responsabilidade, na forma e seguindo os trâmites, tipos e sanções previstos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional”, explica a senadora.

“Pacotão anti-STF”

Damares apresentou a proposta no mesmo dia que outras duas PECs do “pacotão anti-STF” foram aprovadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Uma das PECs aprovadas limita as decisões monocráticas dos ministros do Supremo. Já a outra permite ao Congresso suspender decisões da Corte que ultrapassarem a “função jurisdicional” do STF.

Além das duas PECs, a CCJ também aprovou um projeto de lei que amplia os crimes de responsabilidade que podem ser atribuídos aos ministros do Supremo Tribunal Federal.

O alerta de ministros do STF

Como mostrou a coluna, ministros do STF alertaram parlamentares do que veem como um “risco” das PECs: o fato de elas não terem nascido no Judiciário, e sim do Senado.

Os magistrados lembram que a Constituição Federal exige que as mudanças nas regras do Judiciário devem ser propostas pelo próprio poder e enviadas ao Congresso.

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