Fábio Ochoa Vásquez, um dos fundadores do notório Cartel de Medelim, foi recentemente deportado dos Estados Unidos para a Colômbia após cumprir mais de duas décadas de prisão. Conhecido por sua associação com Pablo Escobar, Ochoa desembarcou no Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá, sem enfrentar pendências judiciais em seu país de origem. Durante seu tempo encarcerado, ele se dedicou ao desenvolvimento de dispositivos para geração de energia limpa, uma tentativa de reabilitação que, no entanto, não dissipa as preocupações sobre seu retorno.
A deportação de Ochoa gerou reações mistas na Colômbia. Especialistas em segurança pública expressaram preocupações sobre a possibilidade de ele retomar atividades ilícitas, dado o histórico de envolvimento com o tráfico de drogas. A Colômbia continua sendo o maior exportador de cocaína do mundo, com 97% da droga que entra nos Estados Unidos originando-se do país sul-americano. Um relatório das Nações Unidas divulgado em outubro revelou um aumento de 53% na produção de cocaína na Colômbia em 2023, atingindo mais de 2.000 toneladas, o que intensifica os temores sobre a influência de Ochoa.
A presença de Ochoa no país também gerou indignação entre os familiares das vítimas do narcotráfico, que temem que sua influência possa ser prejudicial à sociedade colombiana. No entanto, há setores políticos que defendem que ele deve ter a oportunidade de se reintegrar à sociedade, desde que sob vigilância adequada.
*Com informações de Eliseu Caetano
*Reportagem produzida com auxílio de IA