O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou na noite desta quarta-feira (15) o último discurso na Casa Branca, e desejou a Donald Trump, que assume a cadeira na segunda-feira (20), sucesso. Apesar das declarações positivas para o mandato do seu adversário, o líder democrata disse que o país enfrenta ameaças à democracia e alertou que a “oligarquia ganha forma nos Estados Unidos” e criticou a “perigosa concentração de poder nas mãos de algumas pessoas ultrarricas”. “Hoje, está se formando uma oligarquia nos Estados Unidos, baseada em extrema riqueza, poder e influência, que realmente ameaça toda a nossa democracia, nossos direitos básicos, nossa liberdade e a oportunidade justa de todos progredirem”, disse Biden, que deixa o governo com uma aprovação de 40%, segundo as últimas pesquisas. As declarações também dão fim a carreira política do democrata, um legado que dura 50 anos. Em 1972, aos 30 anos, ele foi eleito o senador mais jovem dos Estados Unidos pelo estado de Delaware. “Eu entreguei meu coração e minha alma a vocês, e fui abençoado um milhão de vezes em troca com o amor e o apoio do povo americano”, disse.
Em sua fala, feita diretamente da Sala Oval, o líder norte-americano também disse que os americanos estão ‘soterrados’ por uma ‘avalanche’ de desinformação. “Os americanos estão sendo soterrados por uma avalanche de desinformação”, o que permite “o abuso de poder”, disse Biden. Ele acrescentou que “a imprensa livre está ruindo”. O líder democrata também falou sobre as questões climáticas e insistiu, nesta quarta-feira (15), em que conseguiu fazer a economia crescer ao mesmo tempo em que protegia o meio ambiente, e advertiu contra uma campanha para minar seu legado na luta contra o aquecimento global. “Estamos fazendo ambas as coisas, mas forças poderosas querem exercer sua influência sem controle para eliminar os passos que demos para lidar com a crise climática”, disse Biden em seu discurso de despedida da Casa Branca, dias antes de Donald Trump voltar ao poder.
*Com informações da AFP