21 julho, 2025
segunda-feira, 21 julho, 2025

Mulher trans, cristã e bolsonarista relata fé e preconceito na igreja evangélica

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Apesar de rejeitada por lideranças religiosas após iniciar sua transição de gênero, a influenciadora cristã Sofhia Bachay — considerada uma das mulheres trans mais belas do Brasil — segue firme em sua caminhada de fé. Ao lado do marido, Gabriel, a dupla testemunha sobre espiritualidade, superação e a escolha de continuar sendo cristã, mesmo diante da exclusão.

Sofhia, que foi batizada aos 13 anos na Congregação Cristã no Brasil, viu sua permanência na denominação ser interrompida ao tornar pública sua identidade de gênero. “Fui expulsa quando comecei minha transição, mas isso não me afastou do meu relacionamento com Deus. Ele me aceita como sou”, declarou.

Mesmo com o afastamento oficial, o casal segue frequentando cultos da mesma denominação. Para Sofhia, a fé se manteve inabalável, especialmente nos momentos de crise. Ela lembra que, em um período de grandes dificuldades financeiras, orações e apoio espiritual resultaram em doações que permitiram que eles recomeçassem.

Gabriel, que teve sua formação religiosa na Igreja Católica, conta que foi por influência de Sofhia que se reconectou com Deus. “Hoje, a presença do Senhor é constante em nosso lar. O que Ele busca é um amor sincero, não uma aparência perfeita”, disse.

O casal enfatiza que a rejeição que enfrentam parte de julgamentos humanos, e não da essência divina. Eles acreditam que seu testemunho pode encorajar outras pessoas LGBTQIA+ a não abandonarem sua espiritualidade. “Nosso desejo é apenas viver esse amor com Deus todos os dias, com verdade e paz”, finaliza Sofhia.

Com uma audiência fiel de quase 400 mil seguidores nas redes sociais, Sofhia também se destaca por seu posicionamento político conservador. Ela costuma defender pautas à direita e expressar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atraindo tanto críticas quanto apoio dentro e fora do meio cristão.

Apesar das controvérsias e desafios, Sofhia e Gabriel seguem determinados a viver uma fé que inclui, acolhe e transforma — mesmo em meio à resistência de parte da igreja institucional.

O caso do casal evidencia um debate cada vez mais presente nas igrejas brasileiras: até que ponto a inclusão e o amor cristão são colocados em prática dentro das comunidades de fé? Em meio a discussões sobre doutrina, identidade de gênero e sexualidade, histórias como a deles revelam o desafio de viver uma espiritualidade autêntica em espaços onde, muitas vezes, o acolhimento ainda esbarra no preconceito. Para muitos fiéis LGBTQIA+, o simples ato de permanecer nos cultos já representa um gesto de resistência e fé.

 

 

 

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