As tensões comerciais entre os EUA e a China ganham um novo capítulo. Em uma declaração impactante, Scott Bessent, secretário do Tesouro norte-americano, revelou que as próximas negociações entre as duas nações irão incluir uma pauta delicada: a possibilidade de compra de petróleo russo e iraniano por Pequim. Essa estratégia surge no contexto das sanções que pressionam a Rússia, especialmente desde a invasão da Ucrânia em 2022, e a Iran, cujas exportações também enfrentam restrições significativas.
Bessent se mostrou direto em sua análise, destacando que a China e a Índia são clientes fundamentais para o petróleo russo. “Acho que agora podemos começar a conversar sobre outras coisas”, comentou durante uma entrevista à CNBC. Ele ressaltou que o governo dos EUA está considerando a implementação de sanções secundárias, alertando que qualquer nação que comprar petróleo russo sancionado poderá enfrentar tarifas que chegam a 100%. “Peço aos países europeus que sigam nosso exemplo”, enfatizou Bessent.
As conversas entre Washington e Pequim estão marcadas para acontecer em um futuro próximo. Embora uma data específica ainda não tenha sido divulgada, Bessent deixou claro que o foco será no “grande reequilíbrio da economia” chinesa. Ele observou que a China representa 30% das exportações industriais globais, indicando que não pode continuar expandindo nesse ritmo sem considerar os impactos globais.
Essas negociações seguem as duas rodadas já realizadas nos últimos meses, com o intuito de mitigar as tensões que surgiram após o aumento expressivo de tarifas imposto por Donald Trump. As rodadas anteriores aconteceram em Genebra e Londres, com tarifas atualmente situadas em 10% para produtos americanos e 30% para itens chineses.
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