Dos 330 votos que aprovaram o financiamento privado de campanhas com doações de pessoas físicas e jurídicas para os partidos políticos e com doações de pessoas físicas para candidatos, nesta quinta-feira (27), 24 foram de parlamentares baianos (clique aqui e confira a lista completa). Pela emenda, o sistema permanece misto – com dinheiro público do Fundo Partidário e do horário eleitoral gratuito – e privado, com doações de pessoas e empresas.
Os deputados baianos que disseram “sim” à proposta foram de 12 partidos. Do DEM: Cláudio Cajado, Elmar Nascimento, José Carlos Aleluia, Paulo Azi. Do PMDB: Lúcio Vieira Lima, do PP: Cacá Leão, Mário Negromonte, Ronaldo Carletto. Pelo PR: José Carlos Bacelar e José Rocha. Pelo PRB aprovaram Márcio Marinho e Tia Eron. No PSC o deputado Erivelton Santana disse amém. No PSD, Fernando Torres, José Carlos Araújo e Sérgio Britto. No PSDB, Antônio Imbassahy, João Gualberto e Jutahy Júnior. No PTB, Antônio Brito e Benito Gama. No nanico PTC, Uldurico Júnior. No PTN, Bacelar e no SD, Arthur Maia.
De acordo com especialistas, o modelo aprovado incentiva casos de corrupção, como o mensalão e o petrolão. “É uma das muitas estruturas de corrupção no Brasil”, diz o cientista político da USP, Antonio Carlos Mazzeo, de acordo com a BBC. “Nada disso aconteceria se não houvesse financiamento privado de campanha. Uma simples campanha de vereador, por exemplo, ultrapassa R$ 1 milhão de reais. Isso acaba de certa forma incentivando um “toma lá dá cá” na política, pois as empresas não financiam a campanha de candidatos por altruísmo, mas sim para obter facilidades quando eleitos”, argumenta.
Por | Alexandre Galvão
Bahia Notícias