Governo federal possuía votos suficientes para aprovar as alterações
Fernando Frazão/Agência Brasil
Fachada da sede da Petrobras, que fica na cidade do Rio de Janeiro
Em Assembleia Geral Extraordinária, os acionistas da Petrobras aprovaram nesta quinta-feira, 30, uma mudança no estatuto da empresa que favorece indicações políticas para membros da alta cúpula da estatal. O Tribunal de Contas da União (TCU) havia decidido anteriormente que a empresa deveria registrar determinadas alterações em sua política de indicações de cargos, até que sejam julgadas denúncias de irregularidades pelo órgão. Com a alteração, o Conselho de Administração poderá receber indicações de ministros e secretários estaduais e até municipais, além de titulares de cargos em comissões na administração pública e até representantes do órgão regulador da Petrobras, a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Podem ser nomeados, também, dirigentes estatutários de partidos políticos e titulares de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente federativo, além de pessoas que sejam donas de empresas que forneceram serviço para a estatal nos últimos três anos. A assembleia contou com a participação de acionistas que representam cerca de 93,27% do capital social com direito a voto. O governo federal, como acionista majoritário da Petrobras, contava com votos suficientes para aprovar as alterações. Ainda cabe manifestação final do TCU sobre o trecho da mudança do estatuto que dialoga sobre conflito de interesse para ocupação de cargos na Petrobras.