A advogada Yldene Martins, conselheira estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na Bahia, foi vítima de racismo por uma vizinha, que a chamou, dentre outras injúrias raciais, de “macaca negra”. O caso aconteceu em Vitória da Conquista, após a advogada solicitar a retirada do carro de outra moradora que ocupava a sua vaga de garagem.
A OAB saiu em defesa da profissional e manifestou “sua irrestrita solidariedade à jovem advogada”. A Ordem destacou um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em outubro do ano passado, que considera que o crime de injúria racial é espécie do gênero racismo, sendo, portanto, inafiançável e imprescritível, conforme o artigo 5º, inciso XLII, da Constituição Federal.
A Ordem e a Subseção de Vitória da Conquista repudiaram o racismo sofrido e reafirmaram a disposição de lutar pela promoção da igualdade racial e pela dignidade da pessoa humana.
“É inadmissível que no Brasil, maior nação negra fora do continente africano, tenhamos que conviver com práticas cotidianas de opressão que negam direitos e tentam rebaixar o ser humano pela cor da sua pele, origem, raça ou etnia”, diz pronunciamento.
De acordo com a OAB, Yldene Martins já está sendo acompanhada pela Comissão de Promoção da Igualdade Racial da Subseção de Vitória da Conquista e terá o apoio da Subseção e da Seccional baiana da instituição.
A Polícia Civil foi procurada sobre o caso, mas não respondeu até a publicação da matéria.