InícioEditorialAdvogado desmente versão de Cuca: 'Foi reconhecido pela vítima'

Advogado desmente versão de Cuca: ‘Foi reconhecido pela vítima’

O advogado Willi Egloff, que representou a vítima de estupro na Suíça em episódio envolvendo Cuca, em 1987, desmentiu as afirmações do técnico do Corinthians. Durante a coletiva de apresentação no clube, o treinador disse ser inocente no caso, e afirmou três vezes que a vítima não teria lhe reconhecido como um de seus agressores. Quatro dias depois, a versão foi contestada por Egloff.

Em entrevista ao site UOL, o advogado garantiu que Cuca foi, sim, apontado pela jovem como um de seus abusadores. O técnico foi condenado a 15 anos de prisão pela Justiça da Suíça, em 1989, mas o crime prescreveu em 2004 e ele nunca cumpriu a pena. Ainda de acordo com Egloff, a menina tentou cometer suicídio depois do caso, que aconteceu em um hotel em Berna. Ela tinha 13 anos à época.

“A declaração de Alexi Stival (Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor”, afirmou, ao UOL.

O caso teve início em 1987, quando o Grêmio fazia uma excursão pela Europa. Cuca e outros três jogadores da equipe, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, foram detidos sob alegação de terem tido relações sexuais com a garota. Segundo a investigação da polícia local, a jovem se dirigiu ao quarto dos atletas querendo autógrafos e camisa. Em depoimentos à época, a vítima narrou ter sido segurada à força.

O advogado da vítima também confirmou uma informação divulgada pelo jornal Der Bund, de Berna, em 1989, sobre ter sido encontrado sêmen de Cuca na garota. Segundo Egloff, o exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna.

“É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota”, afirmou, ao UOL.

Após quase um mês detidos em Berna, os quatro jogadores foram liberados. Dois anos depois, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. Fernando foi absolvido da acusação de atentado ao pudor, mas condenado por estar envolvido no ato de violência. 

Como o Brasil não extradita seus cidadãos, a possibilidade de execução das penas expirou em 2004. O processo está sob sigilo de 110 anos, protegido pela lei de proteção de dados da Suíça.

Em sua entrevista de apresentação no Corinthians, Cuca disse que não teria sido reconhecido pela menina, e se declarou inocente.

“Se fosse no tempo de hoje, se tivesse acontecido agora, ia me favorecer muito. Você ia ouvir a moça: “Não, ele não estava. Não, ele não estava. Não, ele não estava”. Foram três vezes. Pronto. Eu já estou absolvido. Não existe coisa mais absoluta do que a palavra da vítima. Existe? Não existe”, falou.

Na apresentação de Cuca, a diretoria do Corinthians disse que havia pesquisado sobre o caso e que acreditava na inocência do técnico. 

“Se ele tivesse envolvimento, jamais seria técnico do Corinthians, mesmo que o crime tivesse prescrito e passado 100 anos. Mas a vítima não reconhece Cuca como envolvido. Ele foi condenado à revelia, por não estar no julgamento. O Corinthians jamais contrataria um estuprador”, falou Duílio Monteiro Alves, presidente do clube.

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