A agência de notícias britânica Reuters repercutiu a ação do Ministério Público Federal contra o Grupo Jovem Pan em publicação em inglês. “A iniciativa dos procuradores contra a Jovem Pan deve levantar dúvidas sobre a liberdade de expressão no Brasil, ao mesmo tempo em que parlamentares discutem proposta controversa sobre restrições mais rigorosas a empresas de tecnologia”, afirma a reportagem da Reuters. O texto também cita que a ação faz parte de “um saldo maior de consequências das eleições mais tensas desta geração no país”. A Reuters lista os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e comissões parlamentares de inquérito (CPIs ou CPMIs) que têm como alvo apoiadores do ex-chefe do Executivo. Em entrevista à agência, o advogado constitucionalista André Marsiglia disse que, “se há risco à democracia na difusão de desinformação, também há risco em permitir que procuradores e o Judiciário possam definir quais empresas de mídia podem ou não participar do debate público”. O site de notícias independente indiano Morning Express também repercutiu a ação do MPF, citando publicação do site F5, da Folha de S. Paulo. A publicação inclui nota da Jovem Pan sobre o caso, na qual o grupo reafirma seu compromisso diário com a sociedade brasileira e a democracia.
O jornal espanhol La Gaceta também publicou reportagem sobre a ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) que pede o cancelamento das concessões da Jovem Pan. De acordo com a publicação, a medida é um indicativo de que o Estado de Direito está em declínio no Brasil. O jornal relembrou o episódio envolvendo a emissora venezuelana, Rádio Caracas Televisón (RCTV), que teve sinal cortado pelo ex-presidente Hugo Chávez em 2007.