O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) mandou soltar, nesta sexta-feira (3) o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Ele estava preso desde o dia 22 de março no batalhão da Polícia do Exército, em Brasília. “Em seu pedido de liberdade provisória, o investigado reafirmou a validade dos relatos prestados em sede policial e informou que, em liberdade, continuará contribuindo com as investigações”, disse Moraes em sua decisão, que acontece sob medidas cautelares no processo, como não falar sobre as investigações, motivo que desencadeou sua última detenção. Em áudios vazados, ele aparecia fazendo críticas à investigação da Polícia Federal e ao próprio Moraes, relator de inquéritos que miram Cid.
No pedido de liberdade, a defesa de Cid argumenta que os áudios não causaram prejuízo à investigação e que não houve obstrução de justiça, e que a gravação foi feita de forma clandestina. Na decisão desta sexta, Moraes manteve integralmente o acordo de colaboração premiada firmado pelo militar com a PF. Cid é investigado por tentativa de intervenção nos resultados nas eleições presidenciais de 2022, na falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19 e no caso da venda de joias sauditas recebidas pela presidência. Curiosamente, a liberação ocorre exatamente um ano após sua primeira prisão, que aconteceu em maio de 2023.