Foto: Reprodução/Twitter
O ditador Nicolás Maduro 26 de março de 2024 | 19:55
Apesar da dura reação do governo da Venezuela ao Brasil pelas críticas a seu processo eleitoral, o Palácio do Planalto deve manter a atitude cautelosa com relação ao país vizinho.
A orientação é não comprometer os canais diplomáticos que foram abertos com a ditadura de Nicolás Maduro. Um rompimento neste momento apenas pioraria o quadro interno na Venezuela, porque o Brasil perderia a capacidade de influenciar a realidade local para tentar chegar a um acordo.
Em relação à nota da chancelaria venezuelana, a avaliação é que foi parte de uma estratégia para dar uma resposta diplomática sem cortar laços políticos com o presidente Lula e seu assessor especial Celso Amorim, que é quem na prática lida no dia a dia com Maduro. Foi por isso que a crítica se concentrou no Itamaraty.
Entre lideranças da oposição a Maduro, a nota do Itamaraty foi bem recebida, mas a avaliação é que não fará diferença na prática.
Segundo um aliado da ex-deputada Maria Corina Machado, cuja candidatura foi barrada pela Justiça Eleitoral, o ditador não vai recuar porque não tem nada a perder.
Ele já foi, afinal, denunciado ao Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade e é investigado pela agência antidrogas americana por tráfico internacional.
Fábio Zanini/Folhapress
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