A investigação está marcada para a próxima terça-feira (16) e poderá resultar na abertura de procedimentos disciplinares contra magistrados e servidores, como Sérgio Moro e o então procurador Deltan Dallagnol
Carlos Moura/SCO/STF
Ministro Luís Roberto Barroso marcou a investigação sobre a operação após Sérgio Moro ser absolvido pelo TRE do Paraná
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Luís Roberto Barroso, pautou para a próxima terça-feira (16) uma investigação sobre a atuação da Lava Jato em Curitiba (PR). A decisão ocorre após o ex-juiz da Operação Lava Jato, o senador Sérgio Moro (União-PR), ser absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), na noite desta terça-feira (9). A votação poderá resultar na abertura de procedimentos disciplinares contra os magistrados e servidores, o que inclui Moro e o então procurador Deltan Dallagnol. A inspeção foi coordenada pelo corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, que também é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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Em setembro, o CNJ publicou relatório parcial que aponta uma “gestão caótica” no controle das multas negociadas com delatores e empresas no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, berço da operação. Segundo a corregedoria, os magistrados e membros da força-tarefa teriam agido em “conluio” para destinar as multas dos acordos de delação e leniência para interesses próprios. “Verificou-se a existência de um possível conluio envolvendo os diversos operadores do sistema de justiça, no sentido de destinar valores e recursos no Brasil, para permitir que a Petrobras pagasse acordos no exterior que retornariam para interesse exclusivo da força-tarefa”, diz um trecho do relatório da inspeção.
*Com informações do Estadão Conteúdo