InícioEditorialPolítica NacionalApós ruídos com o mercado, Haddad se reúne com banqueiros em SP

Após ruídos com o mercado, Haddad se reúne com banqueiros em SP

Ministro teve encontro similar há uma semana, que causou tensões após um suposto indicativo de quebra do marco fiscal

Haddad (foto) está em São Paulo desde 5ª feira (13.jun) Sérgio Lima/Poder360 – 11.06.2024.06.2024

Gabriel Benevides 14.jun.2024 (sexta-feira) – 11h14

Depois de uma semana marcada por desconfiança do mercado financeiro em relação à equipe econômica, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) se reúne nesta 6ª feira (14.jun.2024) com representantes dos grandes bancos brasileiros. 

O encontro é realizado no gabinete do Ministério da Fazenda em São Paulo. Segundo a agenda de Haddad, os empresários presentes serão:

Issac Sidney – presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos); Luiz Trabuco – da Febraban; André Esteves – do BTG Pactual; Milton Maluhy – CEO do Itaú Unibanco; Marcelo Noronha – CEO do Bradesco;  Mário Leão – CEO do Santander.  O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, também participa da reunião em São Paulo.

Uma semana antes, Haddad teve um encontro similar. Essa reunião, entretanto, trouxe um saldo negativo para a equipe econômica. Parte da mídia noticiou que o chefe da Fazenda teria indicado um contingenciamento em julho durante o encontro, mas que uma possível mudança no novo marco fiscal dependeria do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa versão teria se espalhado pelo mercado antes do fechamento de 7 de junho. 

Depois do encontro, Haddad convocou jornalistas e disse que sua fala na reunião sinalizava uma possibilidade de contingenciamento caso houvesse aumento das despesas obrigatórias acima do Orçamento. Segundo ele, não houve intenção de manifestar um fim da nova regra fiscal. 

“A pergunta que me foi feita por 1 dos integrantes […] é se havia a possibilidade de contingenciamento esse ano se algumas despesas obrigatórias crescessem para além do previsto. E eu falei que sim”, declarou à imprensa. O ministro diz não lembrar quem lhe fez a pergunta.

Falas de Lula também entraram no radar do mercado financeiro. Ele declarou na 4ª feira (12.jun) que o ajuste fiscal será feito por aumento de receita e redução dos juros. Não citou corte de gastos.

Como consequência, o dólar e os juros futuros subiram naquele dia. O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), perdeu o patamar de 120 mil pontos.

Os ânimos nesta 6ª feira (14.jun) estão mais amenos. Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, falaram à imprensa juntos no dia anterior e deram bastante enfoque à necessidade do governo de começar a cortar gastos. 

“Nós temos agora um dever de casa sobre o lado da despesa. Se os planos A, B, C e D já estão se exaurindo para não aumentar a carga tributária pela receita, sob a ótica da despesa, nós temos os planos A, B, C e D, que estão sendo formuladas pela equipe do Ministério da Fazenda com o Ministério do Planejamento e Orçamento”, declarou Tebet.

Haddad também deu destaque à possibilidade de ouvir os senadores em uma tentativa de achar uma solução para o impasse das medidas compensatórias para a desoneração da folha de salários das empresas e dos municípios.

Por volta de 10h, o dólar estava cotado a R$ 5,36. O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) estava aos 119.467 pontos.

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