Após pausa de um mês na temporada, a Fórmula 1 volta neste fim de semana com o Grande Prêmio da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps.
Líder do Mundial de pilotos, o holandês Max Verstappen (Red Bull) volta das férias em seu “circuito favorito” com 80 pontos de vantagem sobre o monegasco Charles Leclerc (Ferrari).
Faltando nove corridas para o fim do campeonato, Verstappen tem todas as cartas na mão e pode inclusive deixar de pontuar nos próximos três Grandes Prêmios que continuará na liderança do campeonato.
Mas com oito vitórias e dois pódios nas 13 etapas disputadas até agora, é difícil imaginar que o holandês passe em branco em Spa.
Mudanças no circuito
Esta edição do GP da Bélgica terá duas novidades: a primeira, a modificação do difícil traçado em vários pontos da pista para reforçar a segurança dos pilotos, depois de vários acidentes nos últimos anos, entre eles o que tirou a vida do francês Anthonie Hubert, em 2019.
“As melhorias feitas no circuito o tornaram um pouco mais ‘old school’, com brita nas áreas de escape, o que é uma boa ideia. É a minha pista favorita, então estou ansioso”, comentou Verstappen.
A famosa curva Eau Rouge também passou por mudanças: com uma área de escape maior, o trecho em subida no qual os pilotos se lançam às cegas a quase 300 km/h está agora mais seguro, mas sem perder sua mística.
As modificações foram feitas para garantir a permanência do circuito no calendário de 2023, já que assim como Monaco, a Bélgica ainda não renovou seu contrato com a Fórmula 1. Nesta quinta-feira, foi anunciada a saída da etapa da França no campeonato do ano que vem.
A segunda novidade do fim de semana tem a ver com o polêmico efeito ‘porpoising’, que faz os carros trepidarem em trechos de alta velocidade, já que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) introduziu uma nova norma técnica a este respeito.
Depois do uso de captores para reduzir esse efeito aerodinâmico, que pode ser doloroso e inclusive perigoso a longo prazo para os pilotos, a FIA definiu valores máximos de oscilação com que os carros podem evoluir.
“Para nós, não é um grande problema”, disse o chefe da Red Bull, Christian Horner.
“Poderia significar uma remodelação maior do carro se o assoalho tivesse que ser elevado em 25 mm como a FIA planeja. E poderíamos dizer que não se trata unicamente de uma questão de segurança”, acrescentou Horner, em uma indireta à Mercedes.
A equipe alemã foi uma das que mais sofreu com o ‘porpoising’. Ao contrário da Red Bull e da Ferrari, a atual campeã do Mundial de construtores, que dominou a F1 nos últimos anos, está agora longe do rendimento das rivais e ainda não encontrou uma solução para reduzir as trepidações de seus carros sem perder potência.