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Arsenal de guerra e “cocaína de ouro”. O que tinha no sítio do PCC

A Polícia Civil de São Paulo desarticulou um importante célula da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação, desencadeada nesse domingo (6/10), resultou na apreensão de 10 fuzis de guerra e mais de 1,5 tonelada de cocaína pura.

A droga, vendida a peso de ouro, estava escondida em um sítio em Águaí, no interior do estado. O grupo investigado, segundo as forças de segurança, era reesponsável por financiar ataques a carros-fortes.

A quadrilha, que operava há pelo menos quatro meses, foi identificada como responsável pela distribuição de armas e drogas em diversas regiões do estado.

As investigações se iniciaram em junho, quando a polícia descobriu um esconderijo em Cordeirópolis, mas os suspeitos abandonaram o local antes da abordagem. A partir desse ponto, os investigadores notaram que o grupo mudava sua rotina para despistar os agentes.

“Durante a investigação, percebemos que eles estavam aproveitando a logística de transporte de drogas para movimentar armamento”, afirmou o delegado Fábio Sandrin, da 4.ª Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat). Essa estratégia permitiu que a quadrilha operasse com maior eficiência na distribuição de cocaína e armamentos.

Operação em Águaí

Após 15 dias de campana, a polícia localizou o sítio em Aguaí, a cerca de 200 km da capital. Na manhã do domingo, a equipe cercou o local e, em um caminhão estacionado, encontrou um arsenal, que incluía fuzis do tipo AR 10, FAL calibre 7.62 e AK 7.62, além de 325 munições e 53 carregadores.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, ressaltou a importância da operação: “É uma das principais ocorrências dessa gestão. A apreensão não apenas asfixia financeiramente o crime organizado, mas também retira o poder de fogo dessas organizações.”

A cocaína apreendida, estimada em R$ 30 milhões, estava acondicionada em tabletes prontos para distribuição. As armas são avaliadas em cerca de R$ 860 mil. Segundo a polícia, três dos fuzis possuem brasões do Exército da Bolívia, o que indica que foram desviados do país.

Os três suspeitos presos, com idades entre 27 e 42 anos, foram encaminhados à sede do Deic e indiciados tráfico de drogas, porte ilegal de armas e associação para o tráfico. As investigações continuam, com a expectativa de identificar e prender outros integrantes da quadrilha.

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