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Bahia pode ampliar movimentação de cargas ferroviárias em 27%, mas governo precisa se mexer

Cadê o trem, Jerônimo? 
Uma coisa que vem sendo bastante questionada nas conversas reservadas de representantes da economia baiana é o posicionamento do governo estadual em relação aos investimentos ferroviários. No mês passado, um estudo sobre a demanda por trilhos no estado chegou a ser apresentado ao governador Jerônimo Rodrigues, numa reunião que contou com a presença do ministro da Casa Civil Rui Costa. O documento, produzido pela Fundação Dom Cabral (FDC) em parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), indica o possível aumento de até 27% na movimentação de cargas ferroviárias no estado, entre 2025 e 2035. Até lá, o estado poderá ter quatro áreas com intensas movimentações de cargas minerais e agrícolas: a Região Metropolitana de Salvador (RMS), o Vale do São Francisco, o Oeste e o Sudoeste. Mas para isso, são necessárias as ferrovias, e o futuro da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) na Bahia segue como uma interrogação bem grandona.   

O que fazer? 
Tudo bem que nenhum metro de trilho da FCA é estadual. Trata-se de uma estrutura federal, mas, ao contrário do que se viu nos últimos quatro anos, Bahia e Brasil voltaram a ter um alinhamento político, o que alimenta a expectativa de um olhar carinhoso para projetos benéficos ao estado. A bola foi passada para Jerônimo e Rui. Quem acompanhou a apresentação do relatório, alguns dias antes, percebeu o sentido de urgência apresentado pelos técnicos da Fundação Dom Cabral. “As perspectivas são positivas para a Bahia. Mas é preciso entender que o momento para se fazer algo é agora”, avisou Paulo Resende, responsável pelo Núcleo de Infraestrutura, Logística e Supply Chain da FDC. 

Planos para os trilhos 
A palavra de ordem do governo federal em relação ao setor ferroviário na Bahia é a retomada de obras na Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), principalmente no Trecho II, entre as cidades de Caetité e Barreiras. A ideia, segundo um alto servidor federal, uma das prioridades, ainda nos primeiros 100 dias de gestão, é fazer uma licitação para o lote 7, entre Santa Maria da Vitória e Barreiras. Em meados do ano, outros lotes devem ser lançados, para que a obra esteja em condições de ser concedida até o final de 2025. Atualmente, 600 pessoas trabalham diretamente no trecho, que chegou a ter 2 mil trabalhadores. “Se a gente conseguir colocar os editais na praça, dá para chegar a até 1,2 mil pessoas trabalhando”, projeta.  

Volta das obras públicas 
Enquanto o governo apostou bastante em concessões de remanescentes de obras para a iniciativa privada, a tônica do governo atual deve ser mesmo a realização de licitações, diz o servidor federal. “A ideia e contratar como obras públicas”, diz. Com isso, a expectativa é de uma redução dos riscos de engenharia e de construção nos projetos, num formato de execução parecido com o do antigo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A pergunta que fica no ar é, de onde vai sair o dinheiro público para tocar os projetos? 

Conexão 
Uma boa notícia para a economia baiana é que o ponto de entroncamento da Fiol com outras ferrovias federais ainda está em aberto. Atualmente, os planos são para este entroncamento acontecer em Figueirópolis, em Tocantins, onde os trilhos se conectariam com a Ferrovia Norte-Sul. Mas existe uma discussão em relação à possibilidade de a ligação acontecer com a cidade de Mara Rosa, em Goiás, onde se criaria um grande entroncamento ferroviário, com a Fiol, Norte-Sul e a Fico, Ferrovia de Integração do Centro-Oeste. Quanto mais ao Sul, maior será a capacidade de atração de cargas do Centro-Oeste do país para a Fiol e escoamento pelo Porto Sul. 

Tempo recorde 
A implantação do Projeto Eólico Tanque Novo, na Bahia, segue a todo vapor, com inauguração confirmada pela CGN Brasil para abril. A operação logístico-portuária encerrada no complexo industrial e logístico do Enseada, em Maragojipe, foi um dos pilares do sucesso do processo. No total, 40 aerogeradores de fabricação da Goldwind, foram recebidos, armazenados na área alfandegada de 750 mil metros quadrados (m²) do complexo e transportados até o destino, a cerca de 1 mil quilômetros de distância. A operação foi executada em tempo recorde, graças à inovação de um engenheiro baiano, Danilo Oliveira, engenheiro mecânico da Enseada, que teve a ideia de modificar a posição das pás no veículo de transporte. “O transporte convencional é realizado com a cauda para parte traseira da carreta especial. Com a pá invertida, viabilizamos que a varredura fosse pela parte dianteira, eliminando possíveis interferências dentro do complexo industrial”, revela Danilo Oliveira. Segundo ele, a inovação foi pensada de forma conjunta com profissionais da companhia, simulada em software de engenharia e testada no cais da Enseada antes da execução, garantindo uma operação segura, produtiva e sem falhas em todas as etapas do contrato logístico-portuário. 

Vans elétricas   
A FedEx Express, maior empresa de transporte expresso do mundo, escolheu Salvador e Recife para a expansão da sua frota de veículos elétricos no Brasil em 2023. Começam a circular nas duas cidades nordestinas oito vans elétricas da marca Peugeot, modelo E-expert, lançados recentemente pela montadora. O objetivo global da companhia é ter toda a frota de coleta e entrega de pacotes composta por veículos elétricos até 2040. A meta faz parte das ações da empresa para obter operações neutras em carbono até a mesma data. Para ajudar a atingir esse objetivo, a FedEx está destinando mais de US$ 2 bilhões de investimento inicial em três áreas principais: eletrificação de veículos, energia sustentável e sequestro de carbono.  

Irmãos Queiroz 
Na última quarta-feira, a loja Irmãos Queiroz abriu uma unidade no Bela Vista, primeira operação especializada em materiais de construção num shopping de Salvador. A operação vai manter 35 empregos diretos e mais de 100 indiretos. Está prevista a oferta de 20 mil itens numa loja com 1,4 mil m², com mais 600 m²de mesanino. A marca, que já está há 52 anos no mercado baiano e possui mais três unidades (na Av. San Martin, Santa Mônica e Itacimirim). 

 Novidades 
O Shopping Barra encerrou fevereiro com três novas operações, o restaurante Meu Chapa, especializado em alimentos feitos na chapa, e dois quiosques, da Doce Flô, uma máquina de algodão doce colorido, e a Orgânica, especializada em cosméticos veganos e produzidos de forma consciente. A cada dia os shopping centers têm se consolidado como centros não só de compras e lazer, mas também de serviços cada vez mais variados. Empresas de saúde, academias, cursos, coworking, entre outros, que passaram a contar com a infraestrutura oferecida nesses locais. Dentro desse contexto, o Barra vem inovando e é pioneiro ao receber uma grande concessionária de veículos. O Grupo GNC lançou a Grande Bahia Sul, nova concessionária da marca Chevrolet em Salvador, localizada no piso L1. O centro ainda recebeu apenas nos últimos dois meses novas lojas que incluem o segmento de calçados e acessórios, alimentação e até uma empresa de investimentos.  

Parcerias  
A TIM está em busca de parceiros comerciais para abertura de novas lojas em Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Euclides da Cunha, Ipirá, Eunápolis, Guanambi, Jacobina e Santo Amaro. O objetivo da companhia é abrir mais 19 lojas no Nordeste, sendo 16 na Bahia em 2023.  As novas lojas e os pontos de venda poderão comercializar planos e serviços da operadora, além da linha de aparelhos que compõem o portfólio da TIM, chips e acessórios, e ainda prestar serviços de atendimento e pós-venda.

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