A investigação foi conduzida pela equipe da vigilância epidemiológica da Sesab, que detalhou a rápida evolução dos sintomas nos dois casos, culminando em óbito em menos de uma semana. O vírus Oropouche, uma arbovirose de importância crescente na América do Sul, foi detectado em ambas as pacientes por meio de análises metagenômicas e exames laboratoriais rigorosos.
De acordo com a diretora de vigilância epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, a confirmação dos óbitos foi realizada após um processo criterioso, com entrevistas domiciliares e análises detalhadas dos prontuários médicos, além de contato direto com as equipes de saúde que atenderam as pacientes. “O artigo reafirma o trabalho contínuo que temos realizado em conjunto com o Ministério da Saúde no monitoramento de casos e investigação epidemiológica de doenças emergentes”, afirmou São Pedro.
O estudo também contribui para ampliar o entendimento sobre a epidemiologia do vírus Oropouche, especialmente fora de regiões tradicionalmente endêmicas. Além disso, reforça a necessidade de vigilância intensificada para doenças negligenciadas como essa, que pode causar graves complicações de saúde.
A secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, declarou: “a publicação desse estudo ressalta nosso compromisso em acompanhar e investigar profundamente cada caso de doenças emergentes que afetam a população baiana, buscando sempre maior compreensão científica e melhor resposta ao cenário epidemiológico”.
Atualmente a Bahia registra 960 casos da Febre Oropouche. O artigo completo pode ser acessado em https://wwwnc.cdc.gov/eid/article/30/11/24-1132_article.