InícioEntretenimentoCelebridadeBando deixa crianças, mas segue aplicando golpe em aeroporto de SP

Bando deixa crianças, mas segue aplicando golpe em aeroporto de SP

São Paulo – Uma quadrilha que alugava crianças para pedir dinheiro no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo, ainda mantém uma rotina de golpes de mendicância no local, mas sem usar crianças.

O esquema foi revelado pelo Metrópoles, em reportagem exclusiva, publicada em 16 de fevereiro.

Desde então, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial, ainda em andamento, e o Ministério Público do Trabalho (MPT) também abriu uma investigação para investigar o caso.

A reportagem apurou que o líder da quadrilha, Marcelo Benedito da Silva, de 46 anos, deixou de frequentar o aeroporto dois dias após a publicação da denúncia.

O bando criminoso, que se revezava em grupos de 20 pessoas, a cada 12 horas, diminuiu para meia dúzia. Eles deixaram de levar crianças, depois da polícia reforçar a fiscalização e aumentar as abordagens nos terminais de desembarque.

Mulher caminha com criança, alugada para pedir esmola, no aeroporto de Guarulhos, na Grande SPO Metrópoles acompanhou os passos de Marcelo por um mês e constatou que ele chefiava um bando que usava crianças alugadas para dar mais credibilidade aos golpes aplicados em passageiros dentro do aeroporto. Na maioria dos casos, as mães de aluguel acompanhavam a ação durante as abordagens e recebiam R$ 300 pela atuação.

Para conseguir dinheiro, os golpistas geralmente simulavam que eram pais de família passando por necessidades ou inventavam a história de que perderam o voo e precisavam de ajuda financeira para reagendar a viagem. Marcelo, por exemplo, atuava no Terminal 3, destinado a voos internacionais, espaço mais disputado pelos golpistas por causa da concentração de estrangeiros.

A presença das crianças alugadas durante as abordagens ajudava a sensibilizar as vítimas, que chegavam a dar notas de dólar e euro. Desde junho do ano passado, Marcelo foi visto e fotografado com ao menos 10 mulheres e 11 crianças “contratadas” para essa finalidade. A maioria delas mora na favela das Malvinas, que fica nos arredores do aeroporto.

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Marcelo com “família alugada” em agosto de 2022

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Marcelo com “família alugada” em agosto de 2022

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Marcelo com “família alugada” em agosto de 2022

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Marcelo com “família alugada” em agosto de 2022

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Marcelo com “família alugada” em agosto de 2022

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Marcelo com “família alugada” em agosto de 2022

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Marcelo com “família alugada” em agosto de 2022

A reportagem apurou que Marcelo ainda não prestou depoimento na delegacia do aeroporto. Ele não teria sido encontrado no local que indicou como sendo seu endereço.

InvestigaçãoA Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou, por meio de nota, que a 3ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur) investiga o esquema denunciado pelo Metrópoles.

Além disso, a Polícia Civil também apura, por meio de termos circunstanciados, o crime de abandono moral – que é quando um menor de idade, com a permissão de seu responsável, mendiga ou é usado para pedir dinheiro.

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