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Base de Tarcísio se divide sobre liberação de reeleição de presidente da Alesp

Foto: Marcello Casal Jr./Arquivo/Agência Brasil

Tarcísio Freitas, governador de São Paulo 29 de abril de 2024 | 07:16

A proposta para liberar a reeleição do atual presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL), tem gerado ainda mais fissuras na base de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

Atualmente, a reeleição só é permitida em legislaturas diferentes, ou seja, emendando o último biênio de um governo e o primeiro do seguinte.

Para que a alteração seja possível e Prado possa ficar por mais dois anos no cargo quando acabar seu mandato, em março de 2025, ao menos 57 dos 94 deputados precisariam votar favoravelmente a uma emenda à Constituição estadual.

Parlamentares do Republicanos têm criticado a iniciativa e temem um acúmulo de derrotas durante o ano: a migração de Tarcísio para o PL (que o governador tem negado) e a possibilidade de permanência do partido no comando do Legislativo com Prado.

Os deputados do Republicanos têm dito a colegas que o partido merece ocupar mais espaços de influência por ter o governador em seus quadros e por ser uma das maiores bancadas da Alesp, com oito parlamentares.

A insatisfação com o acúmulo de influência na sigla comandada por Valdemar Costa Neto se soma a reclamações de toda a base a respeito da relação com o governo estadual.

Os deputados falam em falta de pagamento de emendas, contingenciamento de verbas, vetos de projetos, descumprimento de acordos e, especialmente, falta de atenção de secretários.

O governo fracassou em sucessivas tentativas de votar um projeto para estender o prazo para a entrega terras com desconto a fazendeiros. A base boicotou o governo e não deu quórum para que o projeto fosse votado.

A aprovação aconteceu somente na quarta-feira (24), após reiteradas reclamações públicas dos deputados.

O deputado Gil Diniz (PL), por exemplo, disse que ele e outros bolsonaristas “empurraram o caminhão na subida” e ajudaram Tarcísio desde o começo, mas que não consegue entender “secretário desmarcar reunião na véspera com deputado, uma, duas vezes ou mais”.

Guilherme Seto/Folhapress

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