Lideranças da base aliada ao Palácio de Ondina e da bancada de oposição estão convictos de que a CPI voltada a investigar invasões de terra pelo MST na Bahia será instalada até o fim deste mês na Assembleia Legislativa. A certeza cresceu depois que o presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), além de assinar o requerimento proposto pelo deputado Leandro de Jesus (PL), assegurou disposição para concretizar a instalação da CPI e colocá-la para andar o mais rápido possível. Outro fator que eleva o otimismo entre defensores da comissão é o ato organizado na Assembleia por parlamentares ruralistas, líderes do agronegócio e produtores rurais de todo o estado, previsto para ocorrer no próximo dia 25.
Frente de aperto
Encabeçado pelo deputado Sandro Régis (União Brasil), um dos mais ativos representantes do agro no Legislativo estadual, o movimento foi planejado com o objetivo de atrair os holofotes da imprensa e elevar a pressão sobre parlamentares resistentes a impor um cerco ao MST.
Cobrança de fatura
Insatisfações de deputados da base com a demora do governador Jerônimo Rodrigues (PT) em contemplá-los com cargos no segundo e terceiro escalões também elevam os prognósticos favoráveis à CPI das Invasões de Terra em curto prazo, mesmo com manobras de articuladores políticos do petista para frear o avanço da comissão.
Pano de fundo
Uma delas resultou no recuo do deputado Cafu Barreto (PSD), que retirou semana passada sua assinatura do requerimento da CPI. Nos corredores da Assembleia, a desistência foi atribuída a uma ofensiva do secretário estadual de Relações Institucionais, Luiz Caetano (PT), que trabalhou pessoalmente para eleger Barreto.
Mundo da lua
Reservadamente, cardeais governistas criticam a postura de Jerônimo frente à explosão de violência e ameaças a escolas. “Com o estado pegando fogo, ele faz uma viagem de quase 20 dias ao exterior e, no retorno, a primeira pauta é festa. No caso, anunciar o pacote do governo para a Micareta de Feira”, alfineta um influente político da base.
Primeiro tombo
Presidente da Fundação Gregório de Mattos (PGM), Fernando Guerreiro diz que aguarda só o pedido de entidades ou pessoas físicas para iniciar o tombamento das obras do artista plástico Juarez Paraíso. “A lei exige solicitação da sociedade civil, com lista do acervo a ser tombado, para que o processo ande. Estamos superabertos”, diz.
Voo de pluma
Produtores de algodão da Bahia embarcaram sábado rumo à China e Coreia do Sul para aproveitar um trampolim e tanto: a primeira vez que a pluma brasileira será oferecida com certificação oficial, tipo de selo mundial de qualidade. Para Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da associação baiana do setor (Abapa), a ideia é aproveitar a posição do estado como segundo maior produtor do país e alavancar as vendas para a Ásia.
Minha solidariedade às mais de 35 mil famílias que ficaram desabrigadas no Maranhão devido às fortes chuvas em 64 municípios. Esses eventos climáticos têm impacto maior nos mais vulneráveis Leo Prates, deputado federal pelo PDT da Bahia e autor de uma proposta de socorro financeiro a vítimas de tragédias ambientais