Comissão aponta que há indícios de que o ex-diretor da PRF participou de “fatos preparatórios” para os atos que destruíram a Praça dos Três Poderes
Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo – 28/10/2022
Silvinei comandou a PRF no governo Bolsonaro
Após pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, o Banco do Brasil pediu mais 30 dias para quebrar o sigilo bancário do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. A quebra de sigilo já foi motivo de pedido de explicação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que recebeu do colegiado a informação sobre indícios de que o ex-diretor da PRF participou de “fatos preparatórios” para os atos que destruíram a Praça dos Três Poderes. A comissão cogitou prender Vasques por falso testemunho no depoimento dele, em 20 de junho.
O BB alegou que o prazo de cinco dias é insuficiente para reunir todas as informações solicitadas pela CPMI dos atos de 8 de janeiro, prazo necessário para a consulta de arquivos do sistema de compensação de pagamentos. A extensão do prazo também foi solicitada para a quebra de sigilo de George Washington de Oliveira Sousa, que permanece preso por tentar explodir uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília na véspera do Natal, no ano passado.
O pedido de informações bancárias de Silvinei é dos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Já para George Washington, os pedidos foram de Eliziane Gama (PSD-AM), relatora da CPMI, além dos senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Soraya Thronicke (União Brasil-MS).