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Beber café pode proteger cérebro do Parkinson, sugere pesquisa

Você não dispensa um pouco de café todos os dias? Saiba que o hábito pode te ajudar a proteger o cérebro contra o Parkinson. Um estudo feito por especialistas em nutrição pública apontou uma relação inversa entre o hábito de tomar café e a probabilidade de aparecimento da doença.

A investigação foi divulgada na revista Neurology em abril deste ano e é o maior comparativo já feito entre os hábitos de ingestão de cafeína e o surgimento de Parkinson. Foram pesquisados os hábitos alimentares de 184 mil indivíduos ao longo de 13 anos para entender a ponte entre uma coisa e outra.

Outros estudos menores já apontaram que quanto mais café é bebido, menor a chance de a pessoa desenvolver a doença. Porém, as pesquisas não tinham conseguido indicar se o fenômeno era apenas uma casualidade ou de fato acontecia por substâncias presentes na bebida.

O que o estudo recém-divulgado esclarece é que, ao analisar os níveis dos metabólitos primários da cafeína no sangue, é possível entender que, quando processados pelo organismo, os derivados da substância (paraxantina e teofilina) ajudam na proteção do cérebro.

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Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images

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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular Elizabeth Fernandez/ Getty Images

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Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura izusek/ Getty Images

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Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono SimpleImages/ Getty Images

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos Ilya Ginzburg / EyeEm/ Getty Images

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Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida Visoot Uthairam/ Getty Images

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O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro JohnnyGreig/ Getty Images

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O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro Andriy Onufriyenko/ Getty Images

Como o café combate o Parkinson? O Parkinson atinge cerca de 10 milhões de pessoas no mundo. Indivíduos com a condição neurodegenerativa têm acúmulos de proteínas no cérebro que levam à demência progressiva.

Como o café possui substâncias psicoativas, ele favorece o trabalho dos neurônios, impedindo a deterioração gradual na função das células. As células degradadas causam o acúmulo de proteínas que impedem as outras de realizar seu trabalho. É como sugere o dito popular: a inatividade da mente de fato pode ser um terreno fértil para os males, e a cafeína mantém o cérebro trabalhando.

“Desvendar a ação biológica da cafeína no Parkinson não só traz implicações importantes para a saúde pública, mas também melhora a nossa compreensão da doença e nos ajuda a promover estratégias de prevenção”, escrevem os pesquisadores.

Porém, os cientistas não conseguiram determinar se existe alguma quantidade de cafeína que possa ser recomendada como ideal para o público geral.

A pesquisa foi dividida em duas etapas, a primeira comparando hábitos de consumo de café em bancos de dados nutricionais de pacientes de seis países europeus. A segunda parte, mais direta, analisou exames de sangue em 351 pessoas com Parkinson inicial e outras 351 de grupo-controle.

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