InícioNotíciasPolíticaBento XVI recebe últimas homenagens em funeral. Acompanhe

Bento XVI recebe últimas homenagens em funeral. Acompanhe

Mais de 200 mil pessoas prestaram as últimas homenagens ao papa emérito Bento XVI desde a última segunda-feira (2/1), quando seu corpo foi exposto para o velório na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Nesta quinta-feira, o papa Francisco presidente a missa exequial que encerra o funeral de Joseph Ratzinger, que morreu no dia 31 de dezembro de 2022.

Na noite de quarta-feira (4/1), o caixão com o corpo de Bento XVI foi fechado. O caixão é triplo, com uma primeira cobertura em cipreste, outra em zinco e uma última em carvalho. Nele também estão diversos objetos relacionados ao papa emérito. Entre eles, o Regito, texto que fica em cilindro de metal e que conta a história de vida de Joseph Ratzinger, desde que ele nasceu até sua morte.

O papa Francisco, muito emocionado, exaltou a vida de fé e de trabalho do amigo Bento XVI. “Bem-aventurado, fiel amigo do Esposo [Jesus Cristo], seja perfeita a vossa alegria ao ouvir a sua voz de forma definitiva e para sempre”, disse em um dos momentos da missa exequial.

Confira aqui o texto completo do Regito depositado junto ao corpo de Ratzinger.

Siga o ritual:

“Como as mulheres do Evangelho junto ao túmulo, estamos aqui com o perfume da gratidão e o unguento da esperança para mostrar-lhe, mais uma vez, o amor que não se perde; queremos fazê-lo com a mesma unção , sabedoria, delicadeza e dedicação que ele conhecia”, exaltou papa Francisco.

Após o funeral, o caixão repousará nas Grutas do Vaticano.

Cerca de 4,5 mil religiosos, acompanham a cerimônia.

Caixão com o corpo de Bento XVI

Caixão com o corpo de Bento XVIVaticano/Divulgação

Portadores carregam o caixão do papa emérito Bento XVI no início de sua missa fúnebre na praça de São Pedro

Portadores carregam o caixão do papa emérito Bento XVI no início de sua missa fúnebre na praça de São PedroAntonio Masiello/Getty Images

O arcebispo alemão Georg Gänswein (à direita) fica ao lado do caixão do falecido papa emérito Bento XVI no início de sua missa fúnebre na praça de São Pedro

O arcebispo alemão Georg Gänswein (à direita) fica ao lado do caixão do falecido papa emérito Bento XVI no início de sua missa fúnebre na praça de São PedroAntonio Masiello/Getty Images

Papa Francisco observa caixão com o corpo de Bento XVI, durante missa fúnebre

Papa Francisco observa caixão com o corpo de Bento XVI, durante missa fúnebreAntonio Masiello/Getty Images

Fiéis se reúnem para a missa fúnebre do papa emérito Bento XVI na praça São Pedro, no Vaticano

Fiéis se reúnem para a missa fúnebre do papa emérito Bento XVI na praça São Pedro, no VaticanoAntonio Masiello/Getty Images

Papa Francisco preside missa fúnebre do papa emérito Bento XVI

Papa Francisco preside missa fúnebre do papa emérito Bento XVIAntonio Masiello/Getty Images

A cerimônia foi marcada por um clima sóbrio. A cerimônia começou às 8h45 (horário loca, 4h45 no horário de Brasília). Os sinos bateram 10 vezes, sobre os aplausos dos presentes. O caixão de carvalho foi levado de dentro da basílica para a praça. Então, o secretário pessoal de Bento XVI, o cardeal Georg Gänswein, colocou um Evangelho em cima sobre o caixão.

A imagem lembra muito o funeral de João Paulo II, que também levou um Evangelho sobre o caixão. À época, quem presidiu a cerimônia foi o próprio Ratzinger.

Francisco chegou por volta das 9h20 (horário local), em cadeira de rodas. Ao lado dele, cerca de 130 cardeais, 400 bispos e quase 3.700 sacerdotes. As primeiras palavras foram: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Também são as últimas palavras de Jesus Cristo na cruz.

VidaJoseph Aloisius Ratzinger nasceu em 16 de abril de 1927, em uma pequena vila chamada Marktl am Inn, na Baviera, Alemanha, às margens do rio Inn. Seus pais eram Joseph, um comissário de polícia, e Maria Peintner.

Ele entrou no seminário em 1939 e se tornou padre em 29 de junho de 1951. Na tarde de 19 de abril de 2005, Ratzinger foi escolhido como papa para suceder o futuro santo João Paulo II, que exerceu a função por 26 anos, 5 meses e 17 dias.

Depois de dois dias e quatro rodadas de conclave, às 17h56 (horário local), a chaminé da Capela Sistina exalou a fumaça branca: havia sido escolhido o 265º sucessor de Pedro. Então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Ratzinger pediu para ser chamado de Bento XVI.

A explicação: ele queria se inspirar na coragem de Bento XV (1914-1922) durante a 1ª Guerra Mundial. E também em São Bento de Núrsia, copadroeiro da Europa, chamado de Patriarca do monarquismo ocidental.

O papa emérito renunciou ao cargo em 2013, algo que só havia acontecido há 600 anos. Desde então, vivia em um antigo convento dentro dos jardins do Vaticano, com o secretário dele, o arcebispo Georg Ganswein, auxiliares e uma equipe médica.

Bento XVI só veio uma vez ao Brasil. A visita ocorreu em 2007. O ponto alto foi a canonização de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o primeiro santo brasileiro, no dia 11 de maio daquele. Do ponto de vista apostólico, porém, a principal razão veio a ser o início da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, em Aparecida, no interior de São Paulo.

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