Um estudo que analisou a agenda do presidente Jair Bolsonaro (PL) do período entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022 aponta que o chefe do executivo trabalhou, em média, 4,8 horas diárias, 20% a menos do que um estagiário que trabalha 6 horas por dia.
A média ainda contabiliza o tempo de deslocamento do presidente em viagens. De acordo com os resultados, todos os registros com carga horária superior a cinco horas são de períodos em que o presidente estava em trânsito.
Realizada por três acadêmicos brasileiros, a pesquisa “Deixa o Homem Trabalhar?” foi divulgada no perfil do cientista político Dalson Figueiredo, um dos realizadores, e professor da Universidade Federal da Pernambuco.
Com os dados, foi possível comparar a carga horária do presidente a de um trabalhador comum, que cumpre a carga normal de 8 horas diárias. Bolsonaro trabalha cerca de 3,2 horas a menos.
A quantidade média de carga horária ainda tem sofrido queda gradual com os anos: de 5,6 horas em 2019 para apenas 3,6 horas no primeiro bimestre de 2022.
Além disso, foi possível contabilizar que terças-feiras e as quintas-feiras são os dias mais produtivos do presidente, com 5 horas diárias e 5,3, respectivamente. Já a sexta-feira apresenta uma média de 4,3 horas, abaixo da média geral de 4,8 horas.
O mandatário trabalha, em média, 18 horas semanais a menos que um trabalhador regido pela CLT e 14 horas semanais a menos do que um servidor público federal da administração direta.