O cartão de crédito é o principal responsável por deixar os brasileiros endividados. Pelo menos é o que afirma o relator do projeto que limita juros no rotativo, o senador Rodrigo Cunha (PODE-AL), em entrevista ao Jornal Jovem Pan. Segundo o senador, em dois anos, uma dívida no valor de R$ 1 mil se transforma em R$ 25 mil num período de dois anos devido aos juros do cartão de crédito. A ideia, segundo o relator, é justamente diminuir esses juros. “”O principal vilão é o cartão de crédito. As pessoas ficam endividadas, um, dois meses e já não consegeum mais pagar suas dívidas porque fica algo inalcansável. Uma dívida de mil reais já passa para mais R$ 5 mil e dois anos se torna R$ 25 mil. O juros chegando a mais de 450% ao ano. Com ess aalteração, conseguimos fazer com que a dívida de 1 mil reais não possa passar de 2 mil no próximo ano, ou seja, 100% do valor da dívida. Nós temos hoje mais de 70 milhões de brasileiros endividados conforme o Serasa informou. Mas que umas da medidas é justamente diminuir os juros do cartão de crédito, porque ele é estatisticamente o maior causador do endividamento do povo brasileiro”, afirma Rodrigo Cunha.
Em setembro, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei e que também criou o Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo federal. O relatório do foi apresentado pelo relator da proposta, o deputado Alencar Santana (PT). ” É um grande recado, importante, simbólico, do compromisso deste Parlamento com o povo brasileiro, com suas condições econômicas e financeiras. Que possamos ter uma condição mais justa e adequada nos juros praticados sobre o cartão de crédito no País”, afirmou o parlamentar na leitura do parecer. O texto propõe que os bancos devem apresentar uma proposta sobre a cobrança de juros sobre o rotativo do cartão de crédito em até 90 dias após sua promulgação, caso ela seja aprovada. Se o setor não trouxer uma proposta até o fim dos 90 dias, o relatório prevê que seja limitado em até 100% do valor real da dívida. Em julho, a taxa de juros anual do cartão de crédito chegou a 445,7%.