Citado na delação do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-assessor de Relações Internacionais de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, tem paradeiro desconhecido e mantém silêncio nas redes sociais.
Após a derrota do chefe nas urnas, Martins submergiu. Ele ficou como assessor até o final do governo, mas, desde então, evita dizer onde está morando e trabalhando até mesmo para outros bolsonaristas.
Ao contrário de outros aliados de Bolsonaro que ganharam cargos em gabinetes no Congresso Nacional ou na estrutura de governadores aliados, Martins não foi nomeado para nenhum cargo público.
Nas redes sociais, o ex-assessor silencou. A última postagem dele no Twitter, onde costumava opinar com frequência sobre os assuntos da política nacional e internacional, é 30 de outubro, data do segundo das eleições presidenciais.
O mesmo comportamento se repete no Facebook e no Instagram, onde Martins também deixou de postar após a derrota de Bolsonaro nas urnas e a vitória de Lula.
Delação de Cid Conforme revelado pelos colunistas Bela Megale (O Globo) e Aguirre Talento (Uol) e confirmado pelo Metrópoles, Cid disse em sua delação que Bolsonaro teria discutido com militares um golpe para evitar a posse de Lula.
Segundo esse trecho da delação do ex-ajudante de ordens, Martins teria sido o responsável por apresentar uma minuta do golpe que permitira a Bolsonaro a anular as eleições e prender adversários políticos.
Procurado pela coluna, o ex-assessor não respondeu. A defesa dele informou que ele não se pronunciaria, pois não teve acesso ao teor da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.