Enquanto a cantora Melly, 20 anos, se apresenta no palco Donas do Som, na Praça Castro Alves, não param de chegar pessoas para cantar e dançar com uma das promessas da música baiana.
No palco, um movimento cultural com participação exclusiva de artistas femininas, já passaram nomes como Sued Nunes e Tulipa Ruiz. Vão se apresentar ainda as cantoras Karol Conká, Anelis Assumpção, Larissa Luz e Rachel Reis.
Com investimento da prefeitura de Salvador para revitalizar o Carnaval no Centro, as artistas são responsáveis por trazer jovens, majoritariamente negros, para o circuito alternativo.
Larissa Teves, 27 anos, já passou dois dias do carnaval de Salvador na Castro Alves. Ela conta que é fã de Melly e Rachel Reis, mas aproveitou para conhecer também outras cantoras. Neste sábado (18), aproveitou para emendar a festa no after do Batekoo, também na Castro Alves.
Um circuito que será ocupado principalmente por jovens negros é o que imagina o diretor da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro. De acordo com ele, o grande investimento da prefeitura não pretende fazer “voltar o Carnaval do centro”, mas reinventá-lo.
“A praça Castro Alves aconteceu naquele tempo e foi importante naquele momento. A ideia é reinventar. Se você vier aqui meia-noite e ver o after do Batekoo, é uma loucura. O Pelourinho já está consolidado, é um Carnaval de família. Aqui, no centro, para mim, é Carnaval de preto. Esse é o caminho”, argumenta.
Das 12 artistas confirmadas para o palco, pelo menos nove são cantoras negras.
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