Foto: Zeca Ribeiro/Arquivo/Agência Câmara
Plenário da Câmara dos Deputados 24 de abril de 2024 | 09:27
A segurança pública emergiu como um tema central nas discussões eleitorais deste ano e nos preparativos para o próximo ciclo presidencial. Enquanto o governo enfrenta críticas por sua atuação nessa área, o Congresso assume o protagonismo ao impulsionar uma série de projetos, muitos deles liderados pela oposição. Tais iniciativas recebem atenção especial dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, que já aprovaram um pacote visando endurecer o combate ao crime e planejam avançar com outras propostas. A reportagem é do jornal “O Globo”.
Na última segunda-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, defendeu a implementação de um plano nacional que envolva estados e municípios.
“Esse protagonismo, quem poderia impor, seria o próprio campo do governo. Quando você não pauta o tema, passa a ser pautado da forma que eles querem. Isso tem que ser debatido internamente para mudar”, afirma o senador Fabiano Contarato (PT-ES).
Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem ficado à margem dos debates, enfrentando críticas e desgastes por conta da abordagem conservadora dos projetos e da maioria de centro-direita no Congresso. Entre os aliados do governo, há a percepção de que o Palácio do Planalto não tem sido proativo o suficiente, deixando de antecipar-se aos problemas.
Embora tenha se posicionado contra algumas propostas de aumento de pena, Lula apoia outras iniciativas, como a que restringe as saídas temporárias de detentos. Ele anunciou sua intenção de votar contra o veto do governo ao ponto principal da lei, que proíbe a visita de familiares a presos. Segundo relatos, no Planalto, há a sensação de que a base aliada está desarticulada para defender o veto, o que provavelmente resultará em mais uma derrota para o governo na sessão do Congresso agendada para hoje.
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