Antônio Augusto Amaral de Carvalho, carinhosamente conhecido como “Seu Tuta“, faleceu nesta segunda-feira (4) aos 93 anos. Ícone da comunicação brasileira deixou uma marca indelével na rádio e na televisão, transformando a Jovem Pan em um dos maiores veículos de comunicação do país. Internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Tuta era não apenas um profissional admirado, mas também um pai, marido, avô e bisavô querido por muitos. Sua trajetória na comunicação começou na TV Record, onde imortalizou a frase “Ninguém faz sucesso sozinho”, refletindo sua crença no trabalho em equipe.
Nascido em 28 de abril de 1931, em São Paulo, Tuta dedicou mais de 60 anos de sua vida à comunicação. Sua carreira teve início em 1949 na Rádio Panamericana e, em 1953, na TV Record. Durante a década de 1950, ele começou a deixar sua marca na televisão, formando uma equipe inovadora com Nilton Travesso, Raul Duarte e Manuel Carlos. Juntos, criaram programas históricos como “Jovem Guarda” e “Família Trapo”, que marcaram época na TV brasileira. Sob sua liderança, a TV Record viveu a era dos festivais e programas marcantes, conquistando 10 prêmios Roquette Pinto.
Tuta também foi responsável por reformular a Rádio Panamericana, transformando-a na Jovem Pan, que se destacou por seu jornalismo ágil e corajoso. A emissora foi pioneira em coberturas históricas, como o incêndio do Edifício Joelma em 1974. Além de sua paixão pela televisão, Tuta sempre reverenciou a força do rádio. Em 1976, ele inaugurou a Jovem Pan 2 FM, dirigida por seu filho, Tutinha. A emissora se destacou por suas campanhas institucionais e enquetes eleitorais, além de promover torneios esportivos infanto-juvenis.
Tuta foi um defensor incansável da liberdade de imprensa, lutando contra a censura e a obrigatoriedade da Voz do Brasil, e desafiando o monopólio das transmissões esportivas. Em 2007, ele criou a Jovem Pan Online, que se tornou o embrião da Jovem Pan TV. Seu legado continua vivo na emissora, que hoje é acompanhada por milhões de pessoas no Brasil e no mundo.
Publicado por Luisa Cardoso