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Conheça o Volta Redonda, time que enfrentou o Vitória em ano de título icônico

Adversário do Vitória nesse domingo (5), pela 9ª rodada da Série C, o Volta Redonda Futebol Clube é considerado um dos times mais tradicionais do estado do Rio de Janeiro e disputa a terceira divisão nacional desde 2017. Foram dez anos ausente e, desde que chegou à competição, só conseguiu disputar o mata-mata uma vez, justamente no ano da reestreia. No ano passado bateu na trave ao terminar em 5º lugar no grupo A.

A temporada de 2022, por enquanto, não é nada animadora para a torcida do Voltaço, como é carinhosamente apelidado. Sob o comando de Neto Colucci, que iniciou o ano como o terceiro técnico mais longevo do Brasil, o clube fluminense fez um péssimo campeonato estadual e foi rebaixado para a Série A2 após 14 anos na elite do Cariocão. Com isso, Colucci foi demitido e Rogério Corrêa assumiu a equipe.

E por mais que a queda tenha sido decretada em março, o Volta Redonda agora precisa fazer um malabarismo para equilibrar no calendário a disputa da Série C com a segunda divisão do estadual. Sim, é isso mesmo. Logo após ser rebaixado, o time terá a chance de disputar o acesso, segundo a determinação do regulamento da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

Entre uma competição e outra, o adversário do Leão tem conseguido manter um bom desempenho dentro de casa, com a segunda melhor campanha até aqui. Mas fora de casa o cenário é outro: três jogos e três derrotas. O confronto de domingo é no Barradão, a partir das 16h.

Cidade do aço e da esperança
Foi durante o regime militar no Brasil, em 1976, que nasceu o Volta Redonda, resultado da fusão entre o Flamengo de Volta Redonda e o Guarani Esporte Clube, que na época eram os representantes do município que fica a cerca de 150km da capital Rio de Janeiro.

Curiosamente, o primeiro confronto da história entre Vitória e Volta Redonda aconteceu naquele ano. Foi pelo Torneio José Américo de Almeida Filho, que reunia times do Nordeste e teve a equipe recém-fundada no interior do Rio como convidada entre os 12 participantes. O Leão venceu por 3×1 na primeira fase, no caminho para a conquista que é justamente a que faz o rubro-negro se proclamar pentacampeão do Nordeste, apesar de ter quatro títulos da Copa do Nordeste propriamente dita.

Elenco do Volta Redonda na temporada 1977 (Foto: Reprodução/Voltaçopédia)

A escolha de unificar e ter um único clube na cidade aconteceu após o anúncio da fusão do estado da Guanabara com o Rio de Janeiro, decretada em em 12 de julho de 1974 pelo então presidente Ernesto Geisel. O então presidente da Liga de Desportos de Volta Redonda, Getúlio Albuquerque Guimarães, se juntou ao presidente do Flamengo de Volta Redonda, Guaranyr de Souza Horst, para criar o Voltaço.

A casa do clube, o tradicional Estádio Raulino de Oliveira, é em homenagem ao general Sylvio Raulino de Oliveira, que ocupou na década de 1940 o posto de presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que nasceu na cidade de Volta Redonda. Foram os trabalhadores da CSN que deram origem ao Guarani, precursor do atual clube. Hoje em dia o estádio pertence à prefeitura municipal e, constantemente, recebe jogos de grandes times da capital, como Flamengo e Fluminense.

A alcunha de Voltaço não surgiu à toa para o Volta Redonda. A cidade é conhecida por ser o berço da CSN, além de abrigar outras empresas metalúrgicas – daí o sufixo aço no apelido. Até o escudo do clube evidencia isso. Os raios que partem do centro da insígnia representam as “forjas da Usina de Volta Redonda que se irradiam por todo o país”, como explica o Volta Redonda em uma publicação na sua conta oficial no Instagram.

Conquistas em campo
Ao contrário de outros clubes menores do Rio de Janeiro, como o América e o Bangu, o Volta Redonda não está no cenário do futebol há tanto tempo assim. Desde a sua fundação, o time viveu sua melhor fase entre a década de 1990 e o começo dos anos 2000. Nesse período, conseguiu um vice-campeonato da Série C, em 1995, o que o levou a disputar a segunda divisão pela primeira vez. Foram três anos: 1996, 97 e 98.

Já em 2005, o Volta Redonda viveu o momento de maior destaque no Campeonato Carioca, quando foi campeão da Taça Guanabara, ao derrotar o Americano, e acabou como vice-campeão estadual, perdendo para o Fluminense. Mesmo assim, ainda aplicou um 4×3 no jogo de ida, antes de tomar a virada na segunda partida por 3×1.

Após uma década sem garantir grandes resultados, veio o primeiro e único título nacional do Voltaço. Em 2016 a equipe foi campeã da Série D do Brasileirão, sendo promovida à Série C, onde segue até hoje. Antes disso, também disputou a primeira divisão, justamente no ano de sua fundação, 1976, e seguiu por mais duas temporadas, até 1978. O Brasileirão, no período da ditadura militar, tinha mais clubes do que atualmente. Nos três anos citados, foram 54, 62 e 74 equipes participantes, respectivamente.

Time de 2005, finalista do Campeonato Carioca (Foto: Reprodução/Voltaçopédia)

Entre os jogadores de destaque que surgiram no Voltaço, estão o atacante Donizete Pantera, revelado em 1987. O goleador, que fez história no ataque campeão brasileiro do Botafogo em 1995 e depois foi campeão da Copa Libertadores pelo Vasco em 1998, atuou no clube até 1988.

O volante Felipe Melo também foi revelado nas categorias de base do time, mas sua estreia pelo profissional já foi com a camisa do Flamengo. O centroavante Cláudio Adão também vestiu a camisa do Voltaço em 1995 e 1996, já no fim da carreira. Depois estreou como treinador no time amarelo e preto.

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