No final desta terça-feira (17) se completam cinco dias da invasão do presídio de Eunápolis, na Costa do Descobrimento. Os 16 detentos que foram soltos seguem foragidos. A ação criminosa tinha como objetivo tirar da cadeia o chefe de uma facção criminosa, identificado como Edinaldo Pereira Souza, o Dada.
Segundo o Radar News, parceiro do Bahia Noticias, nos últimos três anos, 36 presos conseguiram fugir da unidade prisional, sendo que a ação mais ousada foi a da última quinta-feira (12). Na ocasião, homens armados com fuzis invadiram o presídio e soltaram 16 internos. Durante o ataque, apenas três policiais militares e três agentes de disciplina, que não utilizam armamento de fogo, estavam no local.
Ao longo das ações de recaptura, três homens que participaram da invasão do presídio morreram em confronto com a polícia.
Em outra fuga, em 2016, um grupo armado resgatou o detento Francisco José da Costa Filho, integrante da extinta Quadrilha dos Paulistas. Os invasores utilizaram dois carros para entrar na unidade.
Em fevereiro de 2022, sete internos fugiram ao pular o alambrado que cerca o presídio. Entre os fugitivos estava Jackson Borges da Silva, o Mosquitão, que só foi recapturado em outubro, após troca de tiros com a polícia no distrito de Caraíva.
Ainda em 2022 [em dezembro] dois presos escaparam da prisão, entre eles estavam Uilian da Silva Guimarães, conhecido como Gordura, condenado pelo assassinato de um policial militar em 2015 e listado no Baralho do Crime como Dama de Ouro.
Inaugurado há 12 anos, o Conjunto Penal de Eunápolis é classificado como de segurança média e opera sob cogestão do governo da Bahia com a empresa privada Reviver, que recebe em torno de R$ 3 milhões mensais para a administração da unidade.
Apesar disso, a estrutura apresenta fragilidades, como a ausência de muralhas e o baixo efetivo policial, problemas frequentemente denunciados.
A Reviver ainda administra os presídios de Juazeiro, no Sertão do São Francisco; Valença, no Baixo Sul; e Serrinha, na região sisaleira.