O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados admitiu representações por quebra de decoro contra as deputadas federais Erika Kokay (PT-DF), Célia Xakriabá (Psol-MG), Sâmia Bomfim (Psol-SP), Talíria Petrone (Psol-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Juliana Cardoso (PT-SP), nesta quarta-feira (14/6). Caso sejam condenadas, as parlamentares correm o risco de perder o mandato.
As parlamentares foram acusadas pelo PL por quebra de decoro na votação do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Os processos são individuais. O conselho sorteou três relatores para cada ação. No caso de Kokay, o trio é formado Acácio Favacho (MDB-AP), Bruno Ganem (Podemos-SP) e Ricardo Ayres (Republicanos-RR).
“Misoginia escancarada! Eu e mais 5 deputadas fomos parar no Conselho de Ética da Câmara Federal pelo simples fato de exercermos nossa atividade parlamentar ao defender os povos indígenas no Plenário. Se chegamos até aqui é porque nunca ousamos nos calar, isso não acontecerá agora!”, teclou a parlamentar do DF.
Misoginia escancarada! Eu e mais 5 deputadas fomos parar no Conselho de Ética da Câmara Federal pelo simples fato de exercermos nossa atividade parlamentar ao defender os povos indígenas no Plenário. Se chegamos até aqui é porque nunca ousamos nos calar, isso não acontecerá… pic.twitter.com/2w4FvaVfRS
— Erika Kokay (@erikakokay) June 14, 2023
Conforme noticiado pelo colunista Igor Gadelha, na acusação, o PL alega que, durante a votação de urgência do marco, as deputadas começaram a gritar contra deputados de oposição, especialmente Zé Trovão (PL-SC), autor do requerimento de urgência, chamando-os de “assassinos”.
Os xingamentos foram gravados pela TV Câmara e por parlamentares. Além da quebra de decoro, o PL alega, no documento, que as seis deputadas cometeram o crime de injúria, ao acusar a oposição de assassina. O partido também sustenta que a imunidade parlamentar “não representa chancela para o cometimento de crimes e abusos”.