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Da música ao meme: como a cultura pop marcou as Olimpíadas de Paris

As Olimpíadas de Paris terminam neste domingo (9/8), mas vão deixar um legado de referências à cultura pop. Do uso de músicas brasileiras famosas nas quadras de vôlei pelo DJ Stari à produção de memes, o campeonato esportivo divertiu quem o acompanhou e deixou a internet em polvorosa — para o bem e para o mal. 

Tudo começou com a abertura diferentona e cheia de polêmicas. Além de conduzir os atletas em barcos pelo Rio Sena, a cerimônia contou com um show de Lady Gaga, que cantou em francês, mas não se apresentou ao vivo. A performance foi gravada e exibida em telões para quem estava na plateia e na televisão para os que acompanharam de casa. 

⏯ Ela não vem mais! Show de Lady Gaga na cerimônia de Paris foi gravado

Lady Gaga roubou a cena nesta sexta-feira (16/7) ao cantar na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Paris. Mas o espetáculo performático não aconteceu ao vivo como deu a entender pela televisão.

Um… pic.twitter.com/3x4I4ds2Zs

— Metrópoles (@Metropoles) July 26, 2024

Outra polêmica da celebração foi a performance de Philippe Katerine, que apareceu inteiramente pintado de azul em uma bandeja de frutas e flores. Ao fundo, artistas LGBTQIA+ e drag queens aproveitavam o banquete em uma grande mesa. Muita gente associou a performance ao quadro A Última Ceia, de Leonardo da Vinci — obra que representa Jesus Cristo fazendo sua derradeira refeição junto aos apóstolos antes de ser preso e crucificado.

No entanto, Katerine negou que essa tenha sido a proposta. De acordo com ele, a ideia era fazer uma referência ao deus grego do vinho e das festividades, Dionísio. Além disso, para o posicionamento das pessoas ao fundo, eles tinham como inspiração os quadros O Banquete dos Deuses, de Jan van Bijlert; e A Festa dos Deuses, do italiano Giovanni Bellini.

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Celine Dion cantou na abertura das Olimpíadas

Reprodução

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Lady Gaga se apresenta na abertura das Olimpíadas Paris 2024

Reprodução/Twitter

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Assassin’s Creed nas Olimpíadas

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Mehmet Murat Onel/Anadolu via Getty Images

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VCG/VCG via Getty Images

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Aytac Unal/Anadolu via Getty Images

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Stephane De Sakutin – Pool/Getty Images

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Mustafa Ciftci/Anadolu via Getty Images

Segundo o cerimonialista e diretor criativo Thomas Jolly, a alvo era “uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo”. “Dionísio aparece nessa mesa. Ele está presente porque é o deus da festa, do vinho, e pai de Sequana, deusa relacionada ao rio Sena”, disse Jolly em uma entrevista ao canal francês BFM.

Outro destaque da abertura foi o personagem de Assassin’s Creed, que pulou pelos telhados parisienses durante o evento. Responsável por carregar a tocha até o Sena, o mascarado passou por diferentes pontos da cidade com uma referência ao videogame. 

Os Minions, do filme Meu Malvado Favorito, apareceram em um vídeo praticando diversos esportes olímpicos e, ainda por cima, roubando a Monalisa. A razão seria a origem de um dos criadores da animação, Pierre Coffin.

Ele é nascido no país europeu e assina o filme ao lado do estadunidense Chris Renaud. Inclusive, a ideia era que os personagens amarelos falassem francês. Entretanto, o estúdio optou por falas indistintas para que a distribuição do filme não fosse afetada mundialmente.

O retorno de Céline Dion Quem finalizou a noite do dia 16 de julho de um jeito mais que especial foi Céline Dion. A cantora, que sofre com a Síndrome da Pessoa Rígida, deixou a pausa na carreira para se apresentar na abertura dos jogos Olímpicos. A performance foi realizada no primeiro andar da Torre Eiffel e contou com o sucesso L’Hymne à L’Amour, de Edith Piaf. 

A cerimônia também gerou memes nas redes sociais. Confira alguns deles:

assim a partir de hoje pic.twitter.com/qZe0Dr9dro

— Matheus Rocha (@matheus) July 26, 2024

Normalmente qnd eles chegam num país de barco, eles levam todo ouro pic.twitter.com/D6FdlrjgLP

— Poetas (@PoetasFla) July 26, 2024

chá revelação de país

parabéns é um bebê frança

pic.twitter.com/4hcqrjIW4B

— luscas (@luscas) July 26, 2024

A ginástica é pop Um dos destaques do evento esportivo este ano foi a ginástica artística. Com nomes como Rebeca Andrade e Simone Biles, a competição movimentou pessoas no mundo inteiro e rendeu ao Brasil quatro medalhas. Com a equipe, a brasileira ganhou o bronze, mas também levou prata no individual geral e no salto, além do ouro do solo. 

Mas alguns detalhes chamaram atenção nas apresentações de Rebeca. Um deles foi o uso da música Movimento da Sanfoninha, de Anitta, em todas as apresentações de solo. A cantora comemorou a escolha. “Esta rainha usou minha música durante toda a competição em sua performance solo e eu me sinto tão emocionado e orgulhoso como todo brasileiro neste momento”, disse a carioca sobre a ginasta.

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A ginasta brasileira e medalhista olímpica Rebeca Andrade exibe seu ouro

Thibaud Moritz – Pool /Getty Images

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Imagem original mostra Rebeca Andrade sendo reverenciada pelas adversárias norte-americanas

Elsa/Getty Images

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A medalhista de prata Rebeca Andrade do Time Brasil, a medalhista de ouro Simone Biles do Time dos Estados Unidos e a medalhista de bronze Jade Carey do Time dos Estados Unidos posam para uma selfie no pódio durante a cerimônia de medalhas da Ginástica Artística Final do salto feminino no oitavo dia dos Jogos Olímpicos Paris 2024

Pascal Le Segretain/Getty Images

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Naomi Baker/Getty Images

Quem também apareceu para elogiar a brasileira foi Viola Davis. Após Rebeca Andrade conquistar o ouro, a atriz norte-americana usou uma rede social para enaltecê-la. “Eu celebro você, Brasil! Rebeca! Você é uma luz!!”, escreveu. 

Claro que o sucesso da brasileira na disputa também gerou meses e um deles foi com o documentário que a Netflix fez sobre Simone Biles. No X, antigo Twitter, a tag “TÁ FILMANDO NETFLIX” foi parar nos assuntos mais comentados da rede social com sugestões de adendos à produção. 

Personagens do esporte  Durante as Olimpíadas de Paris, personagens da dramaturgia se misturaram a atletas por causa de seus surpreendentes desempenhos. Gabriel Medina ganhou um bronze e alguns apelidos nas redes sociais, todos com referências a deuses e personagens ligados à água: “Neto de Poisedon”, “Filho do Aquaman” e “Percy Jackson Brasileiro” foram alguns deles. 

Outro nome que fez sucesso nas redes foi Marcus D’Almeida, que virou Marcus “Everdeen”, em referência à Katniss Everdeen, protagonista da franquia Jogos Vorazes. O arqueiro foi eliminado nas oitavas de final, quando disputou contra Kim Woo-jin, da Coréia do Sul.

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Thiago Diz/World Surf League via Getty Images

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Justin Setterfield/Getty Images

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Ketleyn Quadros, judoca do DF

Rodolfo Buhrer/Getty Images)

A atleta Ketleyn Quadros também ganhou um apelido durante os jogos olímpicos. Diferente dos colegas de delegação, o dela veio pela semelhança física com a criadora de conteúdo Inês Brasil, o que a fez ser chamada de Inês Brasil do Judô. 

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