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De casa cheia, Luiz Caldas e Saulo emocionam o público da Concha em ‘prévia’ acústica do Carnaval: “É o rei e o príncipe do axé”

Dois anos separam o primeiro grande sucesso de Luiz Caldas na música da primeira vez que Saulo Fernandes teve uma oportunidade em um “Carnaval”. O ano era 1985, quando o “pai da Axé Music” explodiu com ‘Fricote’ e marcou uma geração. Dois anos depois, em Barreiras, Saulo subia em um trio elétrico e se encantava com o movimento iniciado por Caldas.

Mas nesta sexta-feira (18), pouco importou a distância entre as idades e o tempo de início da carreira; o que foi sentido foi a musicalidade de ambos, trinta e sete anos depois do primeiro passo dado pelos dois rumo à história da música baiana.


O pai da Axé Music e o admirador da arte, que se tornou uma referência quando se fala sobre cantar a Bahia, se encontram mais uma vez nos palcos para compartilhar expertises e composições, encantando o público da Concha Acústica do TCA.

“Um grande show, dois grandes artistas. Sou superfã, amo de paixão. Esse show tem uma característica mais intimista; acredito que seria um show para a Sala Principal, mas enquanto não fica pronto, a gente curte aqui”, afirmou Claudia de Farias, de 51 anos.

Foto: Bianca Andrade/ Bahia Notícias 

Diferente da energia do “empurra-empurra” atrás do trio e a busca por um espaço mais perto da lateral do caminhão para ver melhor o artista, na Concha a “briga” foi pelo senta e levanta logo no início do show, que logo cessou assim que Saulo e Luiz começaram a cantar.

Para se sentir no show, é só dar play no disco ‘Luiz Caldas e Saulo (Ao Vivo na Macaco Gordo)’. O repertório seguiu basicamente a ordem do projeto, lançado nas plataformas digitais em 2022. A abertura foi feita com ‘O Sal da Terra’, de Beto Guedes, seguido de ‘Selva Branca’, composição de Carlinhos Brown e famosa na voz de Bell Marques na época do Chiclete com Banana.

Apesar do clima intimista, o público não fugiu da pauta Carnaval, em especial a valorização de um dos maiores nomes da música baiana. Sem ‘Protesto Olodum’, o público protestou pedindo mais espaço para Luiz na avenida.

Foto: Bianca Andrade/ Bahia Notícias 

“Acompanho ele desde os 18 anos; ele tem minha idade. Eu acho Luiz Caldas um artista único, um gênio. Para mim, Luiz Caldas é um gênio, é o fenômeno da música brasileira e da baiana. Eu sou fã dele, eu sou seguidor dele, mas fico muito sentido assim, em termos de nossos governantes aqui, de Salvador, não valorizarem tanto o trabalho dele, porque ele merece ser homenageado, reverenciado sempre. O Carnaval se tornou mais conhecido graças a ele. Ele veio para fazer a diferença e merece mais espaço, um trio elétrico melhor. Assim como Gonzaga é o rei do Baião, Luiz Caldas é o rei do Axé”, afirmou Alberto Jiron, de 61 anos.

A união das duas gerações no palco transbordou para a plateia. Elisiane Sá, de 51 anos, veio com a filha, assim como Maíbe Rosa, de 41, que se emocionou ao falar sobre o legado da dupla no palco e sobre o que quer deixar para o pequeno, que ouve Saulo e Luiz Caldas sempre, como em uma tradição familiar.

“Vim com meu filho, que gosta bastante de Saulo e Luiz. Esse CD deles juntos é o que a gente escuta em casa todo dia, e essa é a herança que estou deixando para ele: amar o axé. Eu sou apaixonada.”

Foto: Bianca Andrade/ Bahia Notícias

Afinados, Saulo e Caldas fizeram coro com uma plateia nada tímida de 5 mil pessoas, que cantou do início ao fim sucessos do repertório de ambos os artistas.

Desde o ‘Ajayô’ de Luiz Caldas até o ‘Lerifore’ de Saulo, as pouco mais de 1h30 de show foram preenchidas por canções e um bate-papo que transmitia a intimidade e o conforto de estar na companhia um do outro.

Os artistas ainda aproveitaram para homenagear outros grandes nomes da Axé Music e da música brasileira, com um cover de Fábio Jr. e outro de Edson Gomes, além de receber o trio de músicos Raul (pandeiro), Ivan (flauta) e Daniel (sanfona) que acompanharam os artistas nos covers e nas canções autorais até o final do show.

Foto: Victor Hernandes/ Bahia Notícias

Mas foi a chegada de Durval Lelys que deu o sinal para tirar o Carnaval do acústico e fazer a Concha ficar de pé, fazendo jus ao Campo Grande e antecipando a folia no circuito Osmar.

Juntos, eles cantaram ‘Não Tem Lua’, ‘Porto Seguro’, ‘Circulou’ e ‘Chame Gente’, três canções que já tinham a participação de Durvalino no projeto da Macaco Gordo.

O encerramento do show ficou por conta de ‘Haja Amor’ e deixou um gostinho de quero mais em quem esperava assistir ao menos mais 30 minutos de apresentação ou um bis. Ao deixar o palco, Luiz e Saulo prometeram uma nova apresentação para 2025, fora do Carnaval.

Para quem não foi neste ano, já prepare o bolso e o coração para aguentar fortes emoções da dupla no ano que vem.

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