A defesa do ex-BBB Felipe Prior, condenado em um novo caso de estupro, afirmou que o arquiteto “tem convicção de que uma injustiça foi cometida”. Por meio de nota enviada ao Metrópoles, o escritório Kehdi Vieira Advogados, que representa Prior, informou que continuará lutando para provar a inocência do ex-BBB.
Prior foi condenado a seis anos de prisão por estupro pelo crime que teria ocorrido na cidade de Votuporanga, interior de São Paulo, durante o Carnaval de 2015. A vítima relatou à Justiça ter sido forçada por Prior a fazer sexo em uma barraca. O ex-BBB só teria parado o ato após ouvir uma amiga da vítima se aproximar.
“Existe, no entanto, uma discussão jurídica nesse caso com a qual a sociedade brasileira há de se deparar mais cedo ou mais tarde: a necessidade de violência ou ameaça para a prática de estupro, tal qual o crime existe atualmente. Legislações em todo o mundo, nos últimos anos, foram alteradas para prever que o mero desrespeito ao consentimento já constitui estupro, mas isso não ocorreu na lei brasileira. Até que haja a devida alteração legislativa, nosso crime de estupro exige a violência física ou a ameaça, e não apenas o dissenso da possível vítima, como meios de constranger alguém a manter relação sexual.”
Os advogados de Prior informam ainda que o caso é delicado para o ex-BBB, mas que ele tem certeza da inocência dele e isso ficará provado na Justiça. Vale lembrar que esta é a segunda condenação de Prior pelo mesmo crime.
“Esse assunto é muito importante no caso do Felipe, já que ali não houve prática de violência alguma e nem qualquer ameaça, mas gera insegurança à população como um todo. Sempre que se excede as linhas da legalidade para imputar a prática de crime a alguém, vamos mal como sociedade.”